Crumbling Dreams

Let's forget

Baby realmente estava me beijando! Eu não podia nem crer, se isso for um sonho por favor não me acordem!

Cada toque daquela ruivinha eram certeiros, ela sabia exatamente onde tocar mesmo que não sendo intencional, Baby me tinha na palma de sua mão. Não entendo o porquê isso foi acontecer... Baby nunca demonstrou nada, pelo menos não pra mim. Será que ela gosta de mim, ou apenas foi no "calor do momento"? Baby parece estar gostando do que está fazendo, e é claro que eu também estou... afinal é a Baby... Baby! A doce Baby... Não é esse seu nome, mas mesmo assim ainda lhe chamo incansavelmente desse nome "artístico". Baby, tão linda e gentil... Sempre foi uma pessoa forte, sempre foi uma verdadeira líder. E eu sempre estive lá com ela e para ela, sempre carregando um "sentimento proibido" comigo... e agora,ela me beija e... e eu nem sei o que fazer.

-Ballora...

-Baby? -O que ela irá falar?

-Ballora!! eu...

Baby não terminou o que quer que fosse dizer, ela avançou e me beijou novamente. Que sensação perfeita era essa. Vagarosamente a deito no chão em seguida indo para o seu pescoço, Baby tentava, em vão, segurar seus gemidos. Isso é maldade! eu quero ouvi-los. Puxo suas mãos que impediam seus gemidos de serem ouvidos.

Agora sim poderia continuar... como era bom ouvir os gemidos de prazer que saiam de sua boca, e o melhor?... era eu quem os causava.
Baby, Baby iria mesmo se entregar a mim? Ao pensar nisso, foi como se eu levasse um choque e perdesse toda a força e, em um piscar de olhos, eu estava embaixo dela. Baby começa a lamber meu pescoço lentamente logo dando uma mordida. Não consegui conter, seu nome saiu em um alto gemido.

-Ei, não use meu nome...
Diz se sentando em cima da minha coxa esquerda e me olhando. Baby pega meus pulsos e os coloca paralelos a minha cabeça.

-Me chame de "chefe"!

-Ch-chefe? ...

-Sim...

M-mas Baby... NGH!!

-Chefe!

Baby empurra seu joelho contra minha intimidade.

-B-baby... ugh

-Você não vai me desobedecer vai?

-N-não... Chefe.

-Ótimo... boa bailarina.

Baby continua com chupões e beijos descendo para minha clavícula. Eu era mais forte que Baby, mas naquele momento eu era impotente, era isso que Baby causava em mim? Apenas com alguns... toques?

Sinto Baby abrir um dos botões da camiseta social que eu usava, ela para e afasta seu rosto. Sinto ela "perder" a força e me soltar.

-C-chefe?

Me sento ainda com ela em cima de mim, Baby olhava para suas mãos, ela não parecia bem... Baby não queria aquilo? Oh, o que eu estava para fazer? Eu estava prestes a força-la! Não! Baby... me perdoe... não!

-Ballora... -Baby sussurra com uma voz fraca. -Me desculpe!

Baby se levanta, ela estava indo embora! Me levanto rapidamente e seguro seu pulso com certa força.

-Ch-Baby! -Ela estava de costas pra mim. -Baby olhe pra mim agora!
Ouço um soluço... Baby estava chorando? Eu a fiz chorar? ... Lentamente solto-a , mas não a deixo ir, sou rápida e fico na sua frente. Baby esconde seu rosto.

-Ei. -Seguro seu rosto e a viro para mim. -Por q-

-Ballora me solta!

-N-não! -Me irrito. -Você vai ter que me dizer o que está havendo... Baby eu quase te forcei a fa-

-Não! Você não me forçou a nada. -Baby me olhava espantada. -Eu queria aquilo, queria... muito!

Fico extremamente corada assim como Baby.

-Mas não consegui. -Baby segura minha mão, a mesma que estava no seu rosto. -Me perdoe.. eu não deveria tê-la beijado, não pensei.

-Baby, me diz que aquilo não foi no calor do momento?

-N-n-não, não foi.

Um grande sorriso se formou automático em meu rosto, Baby realmente me beijou por quê queria! Eu estou tão feliz e assustada que nem sei como agir. Hã, pareço até uma garotinha de 15 anos...

Levanto o rosto de Baby para olha-la nos olhos, ela estava nervosa? Fofa... Vou me aproximando lentamente até ficar à centímetros dela, Baby estava se aproximando quando me empurra e vai para a saída.

-Não. -Baby abre a porta. -V-vamos esquecer que isso aconteceu, vamos apenas voltar ao... normal

Ai! Eu realmente ouvi aquilo...

-Obrigada pela aula, mas temo que não sou boa como você, mais uma vez peço perdão por qualquer coisa... que eu tenha... feito... Até amanha.- Ela respira fundo. -P-podemos parar com as aulas?

-... Como quiser.

Ela fecha a porta, ela foi embora, ela disso aquilo, ela foi embora, ela disse para eu esquecer...

Caminho até um puff e me sento, olho em volta, estava tudo tão quieto, tudo tão vazio. Me sento em posição fetal e escondo meu rosto entre os joelhos respiro fundo e começo a "cantar" algo que me acalma, talvez.

All I see is an empty room,
No more joy An empty tomb.
It's so good to sing all day,
To dance, to spin, to fly away.

Sozinha. Me levanto e faço o que faço de melhor, dançar. Quem sabe eu acorde desse "sonho"...

-Não é um sonho Ballora. -Falo para mim mesma e coloco para tocar crumbling dreams em volume baixo.