Cute. Forgiveness. And little doll.

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Me acordo sentindo algo fofinho abaixo de mim, um colchoado.. onde eu estava? em uma cama? Me sentei e fiquem que nem índio, solto um suspiro e tento não ligar para a falta de silêncio que havia na cidade hoje. Estava uma bagunça lá fora.

-Uhm...

-Ballora?

-B-Baby...!? vo-

-Estou aqui.. do seu lado.

Sinto sua mão quentinha segurar meu braço, toques delicados eram os dela. Saudade é pouco comparado ao que sentia.

-Você se sente bem, Ballora? -Ela estava sussurrando.

-Me virei para o lado em que ela estava: minha esquerda.

-Escute... eu.. eu pensei sobre muitas coisas. Sobre tudo que aconteceu... eu.. -Sacudi minha cabeça, não estava indo a lugar algum com isso.

-...Ballora..

-uh-uhm! eu fiz.. merda... menti sobre ser forte.. menti pra você.. pra ela.. para a mamãe... -Suspiro e aperto o cobertor. -Eu fui imprudente! não f-fui... eu decepcionei vocês..-me voz vacilou e se embargou.-..me desculpa... me perdoa, querida... eu s-sei que só isso não vai ajudar em nada, mas...

-Querida...?

-N-não devia ter te feito tudo aquilo...! ter te tratado tão mal... ter sido tão idiota..! eu sou sim uma idiota...! e... eu não te odeio!

Deixo algumas lagrimas caírem, mas continuo me segurando.

-... Ballora...Do que está falando? -Baby segurou meu pulso e desceu até minha mão acariciando-a. -Você não fez besteira... você estava- está!.. em uma situação delicada... Querida, me escute! vamos resolver isso.. você vai ver..-Sua fala estava mansa.- sempre quando você precisar.. achar que não está mais dando pra aguentar.. olhe pro lado.. eu vou estar segurando sua mão... vamos dividir essas dores, esses problemas.. *sniff* -Sua voz mudou e também ficou embargada. - Nós vamos dar um jeito... você vai ver. Não é de brigas ou... de.. se culpar que precisa, você precisa de pessoas ao seu lado. Pra te ajudar, pra te fazer bem.

Baby segurou minha cintura e se aproximou, colocando uma de suas coxas entre as minhas, ela colou sua testa na minha, demoro para digerir, mas logo, aos poucos, abraço ao seu corpo. Sua respiração, por vezes, falhava, mas ela permaneceu firme.

- Elizy... você é tudo pra mim... ! Sempre me salvou das minhas estupidezes... eu-

-...porque eu te amo...! *sniff* Sem dúvidas... eu te amo... te amo tanto que me odeio ás vezes por não saber como demonstrar! -Sua mão apertou a minha.- ...e não sou a unica que te ama... estamos todos juntos, ao seu lado.. vamos ficar sempre juntos...! *sniff*

-Me perdoa...

Baby me da um beijinho na testa e me abraça.

-Tudo bem.. Ballora.... eu te perdoo. N-não chore... aquilo tudo que aconteceu não foi sua culpa, também não significa que seja fraca e que tenha decepcionado à nós. -Ela acaricia minhas costas delicadamente. -Quando isso tudo acabar... vamos todos ficar juntos como uma família, vamos ajudar você.... v-vamos.. *sniff* B-Ballora...

Sua voz falhou, ela ficou em silêncio mas pude ouvir ela fungar uma ou duas vezes... Gostaria de dizer o mesmo pra ela... Aperto Baby e digo as palavras que tomavam forma na minha cabeça, no meu coração.

-...ninguém ainda, por algum motivo, te disse.. mas.. -Segurei seu corpo com ainda mais força buscando apoio.-S-sinto muito... sinto muito por essas coisas te atingindo... eu não posso fazer com que tudo pare ou acabe, m-mas eu posso ajudar a fazer você se s-se-sentir melhor.. -Solto uma risada fraca. -Perdoe a hipocrisia...!

Crumbling DreamsOnde histórias criam vida. Descubra agora