Karl Heinz estacionou o carro à frente do que parecia ser um laboratorio de pesquisas, ao seu redor várias construções formavam um "U", ou quase, a loira pensou ter visto mais algumas atrás das mais evidentes, o que era estranho já que eles não estavam mais próximos ao centro da cidade.
-Que lugar é esse?- perguntou Yui, após terem descido do carro.
-Você não estava se sentindo bem, não é? Alguns conhecidos trablham aqui.
-Amigos?-perguntou a loira, como se acreditasse que alguém como Karl não pudesse tê-los.
-Eu não chamaria assim.
Yui se adiantou para acompanhá-lo, visto que o mesmo já estava alguns passos à sua frente.
Assim que puseram os pés dentro da área delimitada por algumas grades, a menor jurou ter sentido um vento repentino, passando pelo lado direito da sua cabeça e esvoaçando um pouco seus cabelos, quando ela se virou para olhar, deu de cara com uma flecha parada a poucos centímetros da sua orelha, sendo segurada pelo platinado.
-Hãm?!-se assustou a loira
-Como eu disse...não exatamente amigos.-Karl a encarou quando disse aquilo, Yui pode sentir como se seu olhar a atravessasse, descobrindo todos os seus segredos a mantendo sob plena vigilância.
Eles adentraram o "laboratório" e Yui não pode evitar de olhar para todos os lados e ângulos possíveis, admirando tudo, ou talvez só tivesse medo que outra flecha perfurasse seu cérebro e estava determinada a evitá-la.
Sua atenção se voltou pra Karl quando ele parou de andar subitamente, encarando o espaço a sua frente, loira olhou na mesma direção e viu um homem de cabelos castanhos e bata de enfermagem rescostado na parede branca, seus olhos estavm fechados, ele parecia se concentrar, talvez não tivesse notado a presença dos dois recém-chegados, mas se mostros enganada quando ele disse:
-A quanto tempo, Karl.-ele pronunciou o nome do mais velho bem lentamente, como se não estivesse exatamente feliz ao revê-lo.
-Yamada, onde estão todos os outros? É mais uma daquelas reuniõesinhas?-questionou o platinado.
O moreno não respondeu de imediato "Uhm...", inclinou a cabeça na direção mais nova e disse:
-Quem é essa? Mais uma das suas vítimas, ou é a próxima noiva de sacrifício dos seus filhos?
"Ahm?!" a menção repentina dos Sakamakis pareceu trazer à tona todas as suas lembranças mais recentes, sangue, criaturas inexplicáveis, pessoas sofrendo, isso tudo a deixava triste, o que provavelmente não deveria acontecer, já que essas mesmas pessoas a fizeram sentir a mesm coisa e talvez pior.
-E-Eu...sou Komori...Yui.- ela mencionou seu primeiro nome baixamente, quase num sussurro, o moreno pareceu ouvir, mesmo tendo a ignorado completamente. Sem prestar atenção na garota, ele se aproximou de Karl, como se esperasse que ele respondesse, o que Yui acho totalmente ridículo.
-Quem?-repetiu lentamente, o mais novo.
Karl o fitou por um tempo.
-Essa é Eva. A Eva.
Depois de momentos de indiferença, essa informação paraceu finalmente o fazer prestar atenção, ele fitou a loira por um tempo, como se a avaliasse.
-Bom...-disse por fim- eles estão em uma reunião agora, sugiro que espere acabar para poder falar com o "concelho" e com o chefe.
Foi a vez do platinado não dar importância para a fala do moreno, ele saiu andando, esbarrando no ombro do garoto enquanto o ultrapassava, puxando a Yui.
-Você realmente acha que pode fazer tudo que quiser, não é, Karl?- disse cuspindo o nome do outro com desgosto.
-Eu não acho, eu posso.
Enquanto eles ultrapassavam o garoto, Yui pode ver seu rosto melhor, sua expressão...continha medo, preocupação?! Quando se deu conta disso, a loira desviou o olhar para onde o pai dos garotos a estava levando, as emoções do moreno pareciam ter sido transmitidas para ela, e agora sua mente disputava batalhas internas, tentando descobrir o que iria acontecer.
. . .
(Presente)
2 dias depois...
-Argh!!!-Eve é impulsionada para trás, ela aterrisa com uma cambalhota-Kyaaa!-"grita" apunhalado a "forma d'água", que estoura molhando o chão de pedra aos seus pés.
"Clap", "Clap", "Clap"...
Palmas são ouvidas e a loirinha se vira para ver quem havia chegado, ficou surpresa ao ver que não era quem ela esperava ser.
-Laito-san, nani ttebayo? O que faz aqui?-disse abaixando a espada, que pingava.
-Estou apenas dando uma volta, e é claro ver como...você está, chīsana chō.-anda até a garota.
-Uhm, eu estou bem, na medida do possível...-ela para de falar, pensativa.
-Bom...isso já é um pouco animador.-o ruivo se abaixa e segura o rosto da menor, que desvia o olhar- Caso alguma coisa aconteça, não hesite em me contar, chīsana chō, eu estarei aqui.
-Não precisa...-sussurra tirando a mão do maior-Posso me virar sozinha.
Eve vira de costas para Laito e sai andando, golpeando o ar com a espada.
-Por que isso tão de repente?
-Hãm?!- ela olha para trás.
-Somos família afinal, deveríamos nos ajudar.
A loira começa a rir, inicialmente baixinho, mas foi aumentando o volume cada vez mais.
-Nos conhecemos a menos de uma semana!-exclama a mesma por fim-Você realmente já confia em mim?!
-Uhm...sim...?
-Então...-anda até ele-está cometendo um grande erro.
A menor dá um último sorriso antes de começar a se afastar novamente.
-Eve...!
-Eu...poderia ter te matado...naquela noite, você sabia?! Querendo ou não, ficar perdo de mim quase foi sua perdição. Você teve sorte daquela vez, mas quem garante que será assim nas próximas?!
-...naquela noite, seus olhos brilharam...que nem os da sua mãe quando nos reencontramos...
-Eu sei, e isso não é bom.
-E por que algo tão lind o seria ruim?
-Esse brilho no nosso olhar...o mesmo que faz a cor dos meus olhos mudarem e os da minha mãe se intensificarem, indica desequilíbrio mágico ou emocional. Não somente emoções ruins, é claro...eles também brilhariam por felicidade, por ansia, por compaixão. Quando minha mãe os viu após tantos anos, ela ficou surpresa e cheia de compaixão, por isso, os seus olhos.
-Um brilho amaldiçoado.-sussurou Laito
-Exato! Você, pelo visto, captou a mensagem...
Eve fecha os olhos, apreciando o bater delicado do vento em seu rosto. Quando ela fornou a abri-los, sua expressão havia mudado, estava séria, porém triste, um "séria triste", uma silhueta não muito comum em uma criança, mas Eve não era uma criança comum. A loirinha ter essa expressão tatuada em sua face, era para o ruivo, algo triste que precisava ser urgentemente mudado.
-Eu...não sei o que dizer...
-Então não diga nada.-completou a menina-Minha vida é amaldiçoada assimcomo meus olhos, e já está mais do que na hora...de eu aprender a lidar com isso.
Terminada sua sentença, o metal escorregou pelos sus dedos fazendo um barulho estridente e ela saiu correndo.
. . .
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Uma nova esperança [Sendo Adaptada]
FanfictionApós tantos abusos, agressões e maus-tratos, finalmente parece que tudo ficaria bem, mas a vida de Yui decide dar outra reviravolta, separando-a dos outros. O que antes ela rezava para que acontecesse, acabou se tornando o que ela menos desejava. En...