Uma nova esperança [Sendo Adaptada]

Capítulo VI

Estavam quase todos reunidos no cômodo secreto acessado pela biblioteca, esperando impacientemente que o rei dos vampiros se pronunciasse.

Karl Heinz os havia arrastado para lá através da curiosidade. A qual estava quase os matando. Ayato e Yui não estavam presentes, tampouco a pequena Eve, que ainda repousava em seu sonho num dos quartos um andar acima.

— Pretende dizer alguma coisa? De preferência antes do pôr-da-lua. — Kanato foi o primeiro a demonstrar sua irritação pelo mais velho, que apenas respondeu um simples:

— Tenha paciência.

— Paciência? Estamos aqui faz um século! Completamente imóveis. — Subaru gruniu se controlando para não socar a parede ou jogar qualquer coisa no chão.

— Estou tentando decidir por onde começar.

— Que tal pelo começo? — Karl decidiu ignorar o sarcasmo na fala de Reiji, que mesmo sempre mantendo a educação estava tão irritado e impaciente quanto qualquer outro.

— Se vocês tivessem tempo e um grande estoque de bebida, talvez, eu começasse. Mas mesmo que gastasse os próximos meses explicando a vocês, ainda não compreenderiam.

— Só diga algo de relevante. — Laito falou entediado enquanto apoiava o rosto na mão direita.

— Vou explicar a base para vocês. Depois Yui complementa qualquer detalhe restante. Ela já está cansada de ouvir essa história.

— Acontece que são muitos detalhes. — Yui aparece na entrada da salinha de arquivos.

— Quer usar a Eve para derrotar o que os humanos chamam de "Deus"?! — Ayato aparece na frente do pai. Um semblante de raiva e indignação estampava seu rosto.

— Foi um resumo e tanto. Mas da forma que você não descreve faz parecer algo terrível. Yui que te contou isso?

— Não importa. A fonte não muda os fatos. — ponderou o ruivo. — Disse que não sabia por onde começar não é? Que tal por quando vocês foram embora? — disse correndo o olhar do pai para a loira e de volta para o mesmo.

Yui se encolheu um pouco, mas não foi contra. Os outros observaram a reação da garota e voltaram as exclamações para uma das afirmações anteriores.

— Você pretende usar uma criança? Esse é seu grande plano? — O segundo Sakamaki estava incrédulo. Tanto pela ideia quanto pela falta de outras.

— Ainda não. — começou Tougo, sendo interrompido por um "Isso não muda nada" vindo do Kanato. — No momento eu quero protegê-la, — explicou-se — Ela será necessária mais na frente, as duas serão.

— Necessárias — Yui bufou baixinho, ela não aceitava a ideita tanto quanto qualquer outro, mas de tanto ouvir aquele "Velho caduco" falar sobre isso, já conseguia controlar seus espasmos.

— Estou começando a duvidar mais ainda de sua sanidade, papai. — Shu se pronunciou em tom de zombaria, os olhos azuis como safiras que normalmente mantia fechados estavam bem abertos e atentos.

— Como eu disse, levaria muito tempo  para vocês entenderem. Ela explicará os detalhes à medida que solicitados.

— Pare de jogar a responsabilidade para mim. — disse parando ao lado de Ayato que ainda estava dois passos de distância do platinado de cabelos longos. Seus olhos transmitiam uma certa fúria contida.

Karl observou os dois mais próximos de si, examinando cuidadosamente suas expressões e punhos cerrados. Tempos atrás ele certamente puniria a atitude de todos ali, porém daquela vez não poderia fazer isso. Não por ter se tornado um pai melhor, mas porque eram todos peças importantes. Apenas isso. Peças.