la six mademoiselle

LARISSA

Podem me chamar de Larissa. É assim que me chamam. Sou a terceira filha gêmea que nasceu. Sou parecida com um querubim e essa é a única definição a qual agora eu encontro, também sou a única da família que possui olhos azuis.
Não tenho nenhuma habilidade secreta mas possuo muitos segredos. As vezes eu me pego pensando se é verdadeiramente tudo isso que eu quero. A resposta nunca vem. E eu apenas sigo vivendo como se essa interrogação não atormentasse minha mente.

Não me leve a mal, eu amo todos os meus luxos. Nasci pra nascer em berço de ouro, sim. E desejo ser assim até morrer. E é por isso que preciso suceder o trono no lugar da mamãe e do papai.

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De repente sou surpreendida e levada para um dos locais onde os funcionários do Castelo se instalam. E atacada por vários e vários beijos.

A verdade é que eu tenho me encontrado às  escondidas com um rapaz.

O problema é que ele trabalha no castelo. Foi contratado pela minha mãe há três anos e desde que nos vimos a primeira vez (aos catorze anos e ele aos dezesseis).

Nada com compromisso. Ele não pode atrapalhar minha sucessão.

— Jesse. — sussurro. — Você tá louco? E se alguém pega a gente?

— Ninguém nunca pegou. — ele volta a me beijar de forma intensa e eu cedo aos seus caprichos.

Jesse é moreno e tinha um corpo braçal por causa do trabalho como carpinteiro, mas na verdade ele fazia de tudo por aqui. Por causa de suas múltiplas habilidades, mamãe sempre encaixou ele em todos os serviços e isso é ótimo porque ajuda o Jesse a pagar as contas da casa onde vive com sua mãe e seus dois irmãos.

— Eu ouvi quando a Vossa Majestade anunciou para vocês a missão de encontrar um sucessor para o trono e marido. — subitamente, Jesse diz essas palavras e eu olho para ele. — E o que você vai fazer? Estamos nesse rolo há tanto tempo.

— Jesse. Você e eu... Isso que nós  temos... Isso não é amor. Eu... Eu não posso me deixar levar, é... É meu futuro, sabe? Quando eu me tornar rainha, vou poder finalmente deixar as coisas do jeito que eu quero.

Ele assentiu.

— Você também pode largar o pé disso tudo e vir viver sua vida comigo. — foi o que ele disse.

— Não seja tão egoísta — afirmei.

— Eu só não queria ter que ver você beijar outro homem. Só isso.

Eu sorri. Ninguém fica mais bonito com ciúme que o Jesse.

Eu o aproximei de mim e o beijei.

— Você ainda terá o melhor beijo pra mim. — a ponta da minha língua perpassa pelos seus lábios.

Logo eu me desamasso, e sigo em frente pelo castelo na tentativa de parecer indestrutível.