Capítulo XXII

118 25 46
                                    

― Elas bem que podiam continuar com aquele lance de nos buscar de van, né? ― soltou Brenna, enquanto caminhavam para o complexo das lunam amantes.

― Claro, e depois poderiam tentar trabalhar como uber.

― Rá, rá, rá.

― Por que não veio de bicicleta?

― Eu tentei... mas na primeira pedalada, quebrei o pedal. ― disse ela, ressentida.

― Você esqueceu que agora é uma mutante.

― Exatamente. ― sua cara emburrada se desfez em riso. ― Parece que sua animação está voltando, para quem não queria sair da cama você parece bem disposta nessa caminhada toda.

― Coisa vai ser quando o exercício ficar pesado, a endorfina vai me levar aos céus. Por isso, já que comecei a me movimentar, não posso parar até que o cansaço me derrube na cama. Só assim para fugir do desânimo hoje.

― Você é irritantemente metódica...

― Obrigada.

― ...até nos dias de bad.

― Como você acha que consigo superar a maior parte deles?

― Tenho pena é do seu corpo, que obedece às ordens loucas do seu cérebro. ― disse Brenna, fazendo uma careta.

― Devia ter pena de si mesma, hoje você tirou o dia pra me provocar, até me derrubar da cama derrubou, e eu não te fiz nada... ainda. Mas o dia só está começando e minha energia ainda não está completa. ― ela sorriu ironicamente e a olhou de soslaio, antes de piscar o olho. ― Sabe se lá o que meu cérebro louco pode me ordenar daqui pra frente...

― Sinistro... Meu Deus, palito de mel, quantas faces você tem? Já vi a sedutora, a caridosa, a mentirosa, a irônica, a irritadiça, a temperamental, a desafiadora, a triste e agora, a assustadora.

― Viva o bastante e descubra... ah, chegamos. ― olhou para o céu em súplica. ― Por favor, que hoje nos deixem socar coisas.

Elas as deixaram socar coisas, depois de uma hora na esteira

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Elas as deixaram socar coisas, depois de uma hora na esteira. Freya correu como se sua vida dependesse disso, animada por poder atravessar essa fase e ter algo em que pudesse derramar sua raiva e tristeza, tudo de ruim que estava consumindo-a nos últimos dias. Foi a hora mais longa de sua vida, mas ela acabou e pôde enfaixar suas mãos e pulsos, antes de partir para o saco de areia.

O processo foi metódico, como Freya desejou que fosse, uma das lunam mais experiente ficou responsável por orientá-la, ensinando como posicionar o corpo, fixar o pé no chão e desferir os golpes. Mostrando como proteger melhor o rosto e desviar de golpes certeiros. Cerca de uma hora se passou nesse ritmo, até que foi anunciado o horário de almoço. Todas as lunam deveriam seguir para a grande sala de jantar para a refeição e depois retornar para o treinamento.

Stellae - A maldição do Sol e da Lua [LIVRO I - COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora