𝐝𝐞𝐚𝐫 𝐛𝐞𝐬𝐭 𝐟𝐫𝐢𝐞𝐧𝐝 » 𝐧𝐨𝐚𝐫𝐭

016

Sina

16 de maio de 2018...

naquele dia tudo parecia quieto, nada estava acontecendo, o que era estranho.
na mesa de almoço era possível encontrar eu e Josh, almoçávamos tranquilos já que nossa mãe tinha saído para um compromisso como sempre

- abacaxi é ruim - ele falava

- ruim uma ova, é a melhor fruta do mundo todo

- quem disse?

- eu ué, e eu sou a melhor provadora de frutas que você vai encontrar

- duvido

- é verdade - eu falava olhando para o relógio que marcava exatamente uma e meia da tarde

- ele falou com você não?

- sim... não queria falar disso agora, mas acho que devíamos ir

- como assim Sina? você não lembra da nossa última briga?

há algumas semanas atrás, nosso pai havia chegado bêbado em casa, ele tinha brigado com sua outra mulher por conta do divórcio, nossa mãe de um jeito ou de outro não contribuía, de certa forma ela não queria que o mesmo seguissem em frente, por isso atrasava o quanto podia para assinar aqueles malditos papéis.

ele ameaçou minha mãe e Josh perdeu a cabeça ali mesmo, eles quase brigaram feio ali mesmo, mas minha mãe e eu entramos no meio e impedindo que algo sério acontecesse, mas desde então nosso pai não tem vindo para cá.

- lembro, mas acho que devemos nos resolver

- nunca nos resolvemos, apenas relevamos e depois brigamos de novo - ele dizia e no fundo eu sabia que era a verdade, mas de algum jeito eu achava que podíamos dar a volta por cima - ele só é nosso pai quando convém

- não é verdade Josh

- como não? as únicas vezes que ele vem jantar conosco é para mostrar para os chefes dele que o mesmo tem uma família "feliz e estável" é ridículo

- não acho que nosso pai seja assim

- fico impressionado como não se decepciona com ele cada dia mais, eu já desisti de achar que ele vai se ligar da merda que está fazendo

- precisamos tentar resolver isso de algum jeito...

- não vou fazer isso - Josh respondia firme - desculpa Sina, mas eu não consigo

- tá tudo bem Josh, eu entendo - eu dizia pegando em sua mão e apertando a mesma

- gosto que você tem esperança, não desiste das coisas e das pessoas tão fácil, queria ser assim

eu sorria fraco com o que meu irmão acabara de dizer, ficava feliz em saber que alguma coisa que eu fazia acrescentava algo na vida das pessoas ao meu redor. 

- vai - ele falava apontando pro relógio - ou vai chegar atrasada

- obrigada - eu dizia abraçando o mesmo

- qualquer coisa me liga viu - Josh dizia

- eu sei, mas não vai acontecer nada

eu chamava um uber e em cerca de dez minutos eu já estava na cafeteria que tínhamos combinado de ir, faziam exatamente duas semanas que não conversávamos e de alguma forma eu estava ansiosa.
em cinco minutos avisei meu pai entrando pela mesma, ele estava apresentável como sempre e quando me viu me cumprimentou e se sentou na mesa mais próxima.