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Sina

1 de abril de 2018...

era literalmente a décima vez que eu acordava naquela madrugada, digamos que minha insônia atacou naquela noite, uma merda.

eu virava de um lado para outro fechando os meus olhos esperando que o sono fosse chegar em algum momento, mas eram tentativas falhas, rolei mais um pouco em minha cama e peguei meu celular me conformando de que eu não dormiria tão rápido, o relógio marcava exatamente meia-noite, e todos na vizinhança já estavam dormindo, não se escutava um barulho se quer na rua.

como? meu bairro era um tanto calmo, porque? simples, só haviam velhos ali, tirando eu, Noah, Josh e Joalin não tinha um adolescente a mais naquela bendita vizinhança, o que tornava ela cada dia mais entediante.

ao levantar da cama eu pude ver uma luz no quarto de Noah, alguém estava acordado.
eu rapidamente pegava a lanterna de meu celular e piscava ela em direção a janela do garoto, até que o mesmo percebeu e abriu a janela

- tá doida? - ele dizia baixo

- só sem sono - eu respondia

- insônia né?

- sim, essa merda... tá fazendo o que?

- vários nadas - ele falava me fazendo rir baixo

- vamos fazer vários nadas juntos então - eu falava sorrindo

- eu dirijo

em questão de segundos eu pegava um moletom e vestia o mesmo com pressa, descia as escadas com cuidado para que eu não acordasse ninguém, de novo tropeçando naquele maldito degrau mas felizmente o mesmo não fez barulho.

ia para a frente da casa mas por algum motivo Noah ainda não estava lá, ou pelo menos eu pensava...

- buuu - ele dizia por trás

- tá doido? se eu grito aqui nos processam

- você acha que eles iam processar? talvez rolasse uma petição pra nos tirarem daqui, mas nada muito trágico - ele dizia me fazendo rir

- vamos logo

- vamos pra onde?

- sei já, vamos dirigir pelas ruas, sem rumo - eu dizia entrando no carro

em minutos eu e Noah dirigíamos pelas ruas sem rumo algum ao som de "midnight memories" do One Direction, a ocasião combinava já que o relógio marcava meia-noite e meia, cantávamos e dançávamos como doidos e eu me divertia a beça, até que o mesmo parou o carro.

- porque parou?

- vem vamos - ele dizia tirando o cinto

- temos um rumo? - eu perguntava

- agora sim, acompanhe-me senhorita Deinert

- com todo prazer - eu dizia estendendo a mão e rindo

após alguns minutos estávamos na praia, a brisa batia em nossos rosto e transmitia uma sensação de paz absoluta, não podia estar mais relaxante que aquilo.
era triste pensar que em quatro meses meus passeios pela madrugada com Noah iriam acabar, eu ficava chateada de pensar como minha vida seria sem ele, mas queria curtir cada momento como se não soubesse da situação.

𝐝𝐞𝐚𝐫 𝐛𝐞𝐬𝐭 𝐟𝐫𝐢𝐞𝐧𝐝 » 𝐧𝐨𝐚𝐫𝐭Onde histórias criam vida. Descubra agora