𝐝𝐞𝐚𝐫 𝐛𝐞𝐬𝐭 𝐟𝐫𝐢𝐞𝐧𝐝 » 𝐧𝐨𝐚𝐫𝐭

025

Sina

13 de junho de 2018...
(ainda)

- ok Noah, o que quer que eu diga?

- quero apenas que pare com isso e entre no carro

- isso? você chama nossa amizade assim?

- Sina pelo amor de deus está chovendo e podemos resolver isso outra hora

- que outra hora Noah? me diz, quando? quanto tempo mais a gente vai se esbarrar no corredor e fingir que não nos conhecemos? quanto tempo mais a gente vai se olhar pela janela da merda do quarto e não saber o que dizer?

- não fazemos isso

- estamos quase não é mesmo

- não quero te perder

- eu não queria ter te perdido, mas parece que não tenho o meu melhor amigo a um tempo já

dito isso eu entrava no carro, ele finalmente deu a volta e fez o trajeto de volta em casa, a chuva já estava quase sessando e o caminho foi silencioso, eu lutava contra as lágrimas que queriam sair, ao chegar em casa eu nem olhei pra trás, não fui corajosa o suficiente para aquilo, abri a porta e fechei a mesma rapidamente não conseguindo mais me segurar.

- Sina? - Josh dizia e se aterrorizava vendo como eu estava - meu deus

- eu... eu

- ei, tá tudo bem - ele dizia me abraçando - eu to aqui com você

eu não conseguia me mover desde o momento em que entrei em casa e Josh só foi capaz de me arrastar até o sofá, o mesmo estava preocupado e ligava para Joalin e Any que ao chegarem na minha casa entraram como dois furacões.

- Sina - Joalin dizia me abraçando - o que aconteceu?

- pode falar com a gente - Any que dizia

- eu sei que foi com o meu irmão, ele chegou e não disse nada

- não quero falar

- tudo bem, respeitamos

as meninas tinham decidido ficar comigo o resto da noite, eu reclamei, não tinha nem forças para fazer aquilo, não mais.
o relógio marcava meia-noite e eu ainda estava acordada, não sentia sono, eu queria ir pro único lugar que eu sei que me acalmaria, o apartamento.
me vesti rapidamente e sem fazer barulho e apesar de tropeçar no degrau ao ir para sala meu tombo naquela noite havia sido silencioso e a dor que eu sentia por dentro era muito maior do que qualquer queda que eu já tive.

eu pedi um uber e rapidamente ele chegava, não era todos os dias que alguém queria sair à meia-noite, especialmente numa quarta-feira, o trajeto havia sido rápido e quando cheguei lá eu respirava fundo para abri a porta, ao abrir eu pude ver algumas das velas que havíamos colocado acesas.

- Sina?

- Noah....

- o que faz aqui?

- eu acho que o mesmo que você

- eu posso sair se quiser