Odiava o fato de ter que assumir a empresa do meu pai, ele queria uma “pupila” para seus negócios e a escolhida da vez era eu.
Hoje seria o dia em que ele me apresentaria como nova chefe, a verdade é que eu já trabalhava com a administração da empresa, só que em casa.
Meu pai ainda trabalharia conosco, mas todas as decisões seriam minhas.
Eu duvidava disso, teria certeza que ele iria se meter em TUDO.
Meu sonho era fazer medicina, tenho esse foco em ser médica desde os meus dez anos, e essa paixão nunca mudou até hoje.
Flávia: Seu pai mandou eu te arrastar. — Minha mãe entrou falando no quarto.
Eduarda: Ele sabe que eu não quero descer e fica nessa agonia. — Falei chateada.
Flávia: Aceita filha, seu pai só quer o seu bem, o sonho dele é que você assuma essa empresa.
Eduarda: E o meu sonho? Vou ter que fazer tudo que ele quer para sempre? — Disse e ela ficou calada.
Eu sabia que não iria ter jeito, vinte e dois anos e ele ainda me tratava como uma menininha.
Respirei fundo e sentei na cama calçando meus saltos.
Flávia: Me corta o coração ver você fazendo as coisas por obrigação, a mãe vai fazer de tudo para te proteger e te ajudar. — Falou mexendo em meus cabelos.
Minha mãe é um amor de pessoa e me ajuda muito, acho que a única que eu posso contar pra tudo.
Antes de descer pedi pra ela tirar uma foto minha.
Eu não era de postar muita foto, sempre tirava e guardava para mim.
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Fomos e de longe eu podia ver o tanto de gente que habitava minha casa.
Estavam todos no quintal, meu pai inventou um almoço com toda empresa e então aquilo estava uma zona.
Assim que eu e minha mãe aparecemos senti olhares de todos em nós, eu já era envergonhada, agora então.
