Cap. 1

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  Meu nome é Gael, vim morar em São Paulo a pouco tempo, moro em um edifício com 16 andares, numa zona não muito boa pra se morar, mas como eu sou novo e não consigui encontrar outro lugar, teve que ser aqui mesmo. Eu morava no interior junto aos meus pais, mas lá, não tinha as melhores condições de vida, tipo, bom emprego, oportunidades de trabalho, algo pra conseguir crescer na vida. Mas nunca pensei que morar em cidade seria tão difícil, trabalhar o dia todo pra chegar em casa e não poder ver nada, o céu ensolarado ou as estrelas, o movimento ou a paz por exemplo.

  Chego em frente ao edifício, olho pra cima e vejo a janela de meu quarto no 11° andar, o desânimo é grande, chegar lá em cima e não encontrar ninguém. Meu irmão que mora comigo com certeza não vai estar lá, e ainda preparar algo pra comer, e depois dormir, pra outro dia acontecer a mesma coisa.

  Chego em frente a porta do meu quarto, pego as chaves em meu bolso e abro a porta.

  Meu Deus, o que era aquilo, o que aconteceu aqui, o que fizeram e porque?

  As minhas pernas ficaram bambas, minhas mãos tremiam, e eu já começava a suar frio. Ladrões, só pode, eles entraram aqui pra roubar algo, só pode. Tomei coragem e entrei,  tava tudo bagunçado, o sofá de ponta cabeça, a tv quebrada no chão, o quadro que estava pendurado na parede, agora se encontrava no outro lado da sala jogado no chão. Fui em direção ao quarto, os cobertores também estava pelo o chão, e até um deles se encontrava rasgado, o guarda-roupa com as portas tudo abertas e as minhas roupas jogadas algumas pelo o chão e outras em cima da cama. Fui em direção ao banheiro, era a mesma coisa, tudo bagunçado. Tudo tava bagunçado, destruído, o que tinha acontecido, porque?

  Se ladrões tinham entrado aqui, então porque não levaram nada, já ouvi falar que aqui nesse edifício alguns moradores já tinham sido roubados, mas aqui, eles só reviraram, eu devia ligar pra polícia, isso, eu ia ligar, procurei o telefone pelo o chão e encontrei, quando eu tava quase tocando no telefone pra pegar, um susto, ele toca, peguei o telefone, podia ser o meu irmão, a sim que eu atendi, na outra linha tinha uma voz de uma mulher que falava desesperada e gritando.

- É O GAEL?
- É sim, quem é?
- POR ENQUANTO ISSO NÃO IMPORTA, VOCÊ ESTÁ EM SUA CASA?
- Ah sim, mas porque?
- ACONTECEU ALGO AÍ?
- Sim, aconteceu sim, alguém entrou aqui e...
- VOCÊ PRECISA SAIR DAÍ O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL, CONHECE O PARQUE GRANDE DA CIDADE?
- Sim eu conheço mas porque?
- ME ENCONTRA LÁ AGORA, RÁPIDO.
- Tá mas como eu...
- ...(chamada desligada)

  Minha casa foi invadida e essa ligação estranha, o que tá acontecendo aqui, será que eu devo ir mesmo no parque? Mas se eu for e se isso acabar em uma armadilha, eu tô muito confuso com isso, isso nunca aconteceu antes, enquanto eu pensava o telefone toca novamente, mas com isso um precentimento muito ruim invade o meu corpo todo, mas resolvo atender o telefone, mas não digo nada apenas escuto, e no outro lado da linha ninguém fala nada, fica poucos segundos a sim aí a chamada é desligada.

  Começo a ficar com medo de ficar aqui, então resolvo arriscar, vou em direção a porta e a tranco, mesmo agora sabendo que isso não ia adiantar nada, se eles conseguiram entrar, então eles podem fazer isso novamente.

  Chego no parque e tem poucas pessoas passeando lá, alguns em casais e outros fazendo exercícios, caminho pela a trilha de pedras que tem no meio as árvores. E se a mulher não aparecer? O que eu faço? Voltar pro edifício não é uma boa opção, e se os ladrões estiverem vigiando.

  Sinto alguém tocar em meu ombro, olho pra trás e a vejo.

- Oi, eu sou a Estefânia.

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Na Mira Da QuadrilhaOnde histórias criam vida. Descubra agora