Na Mira Da Quadrilha

Cap. 4

  Depois que ela preparou a lasanha, fui para o meu quarto, ela tinha preparado tudo, a minha cama, roupas do meu tamanho. A sim que eu tomei um banho demorado, me deitei na cama de casal e fiquei pensando, se forem criminosos mesmo atrás de mim e de meu irmão, como essa história irá acabar, eu apenas vejo notícias na tv sobre o assunto, e sei que pra eles, tendo ou não a ver com o negócio, eles estão nem aí, mas na real, eu nunca me envolvi nisso, e agora, como é que eu faço pra sair dessa que o meu irmão me meteu?

  Pego o chip e ficou olhando, tão pequeno mas tão importante a ponto de colocar vidas em risco.

- O que será que tem de tão importante aqui? Quero ver o que tem, mas tenho medo, melhor não ver, no dia em que eu e meu irmão nós livrar disso, ninguém poderá me perguntar o que tinha nele.

  Pego no sono pouco minutos depois com os meus pensamentos.

  Acordo de manhã com os gritos e as batidas na porta de Estéfania.

- ACORDA DORMINHOCO, JÁ ESTÁ NA HORA DE PARTIMOS, LIGEIRO CARAMBA.
- Já vou.

  Levanto e vou direto pro banheiro, faço as minhas higiene e saio, vou em direção a cozinha onde o café da manhã está servido, sento na cadeira pego um pedaço de pão e passo doce de banana com nata.

- Hmm isso é muito bom.

  Logo Estéfania chega e se encosta na porta.

- Teu irmão ligou ontem a noite, disse que não vai poder aparecer aqui hoje e aí é pra gente ir pra rodoviária agora cedo.
- Porque você não me chamou quando ele ligou?
- Porque a ligação era pra mim e não pra ti, e até agora eu tô salvando a tua vida se não percebeu, come rápido que precisamos partir já ficamos tempo de mais aqui.
- Educada você, vou me lembrar de você com muito carinho futuramente.
- Se você estiver vivo futuramente.

  A sim que ela fala isso, ela sai da cozinha me deixando sozinho sem poder dar uma resposta concreta, como o meu pão e vou encontrar ela. Estefânia já está na porta com duas malas.

- Vamos, já ficamos muito aqui.
- Você está apavorada né.
- Não, eu não estou.
- Para de mentir pra mim, dá pra perceber em seu jeito e no teu olhar, olha, eu não sei como vai acabar isso porque ainda isso tudo é muito confuso, quando você me deixou na cozinha falando se eu ainda tiver um futuro, eu pensei, bem, como que estamos dentro e não podemos sair, então vamos bater de frente com isso e vamos fazer de tudo pra dar certo.
- Não é tão simples.
- Uma coisa que eu aprendi nessa vida é que as coisas nunca são simples, olha, eu vou te ajudar a fazer eles se arrependerem do que fizeram com a sua irmã, e você me ajuda a encontrar o meu irmão e sairmos disso, beleza.
- Tá, mas eu já tô fazendo isso tudo sabia.
- É, você está fazendo mesmo, mas está fazendo sozinha, você me fala pouco das coisas, como eu posso ajudar desse jeito em?
- Ok, você tem razão.
- Eu vou confiar em você, tipo confiar 100%, mas você tem que confiar em mim também.
- Tipo 100%?
- Tipo 100%
- Pelo jeito não tem outro jeito né.
- Acho que não, então, você topa?
- Topo.

  Saímos do apartamento e fomos para a rodoviária. O lugar estava cheio, fomos em direção aonde ficava as bagagens.

- O teu irmão disse que ele deixou uma mala guardada aqui, e que era pra gente pegar.
- E o que tem nessa mala?
- Dinheiro.
- Sério?
- Sim.
- E de quem é esse dinheiro que o meu irmão pegou?
- O que você acha? Tá na cara que é dos traficantes.
- Ele roubou deles, ah fala sério, aí depois não quer que eles venham atrás né.
- Fala isso pro teu irmão quando vocês se encontrarem. Mas esse dinheiro é dele, eu tenho que entregar a ele.
- Ele onde ele está nesse momento?
- Não sei.
- Ele não te contou ontem a noite?
- Não, ele foi bem rápido no telefone. Vamos sair daqui, não gosto de ficar muito tempo em um lugar só.

  Pegamos a mala que estava guardada no malote da rodoviária, era uma mala preta grande e pesada. A sim que saímos da rodoviária fomos em direção a rumo a desconhecido por mim a procura de meu irmão.

- Espero que você esteja bem meu irmão.

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