Cap.16

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  O meu pai entrou pra dentro do quarto e fechou a porta lago atrás dele, ele caminhou em minha direção e me olhava fixamente para mim, ele parou a um passo de onde eu estava aí ele começou a falar:

- Você se lembra bem do que eu te falei né...minha filha...ME RESPONDA!
- Si...sim papai.
- Ótimo, porque se eu saber que você falou outra coisa que não seja oque eu te disse, você irá se arrepender.

  Ele se vira e vai embora, os meus olhos estavam já lacrimejando, meu pai me dava medo, eu estava angustiada com aquilo, eu queria ir embora e encontrar a minha mãe, ficar em seu colo, o único lugar do mundo em que eu me sentia protegida.

  Mas eu nunca mais iria sentir aquilo novamente.

  Os dias foram se passando, eu ficava com o meu pai em uma casa que não sei de quem era, todos os dias eu ia me encontrar com uma mulher para conversar sobre o assunto, mas eu não conseguia se quer abrir a boca para falar um "oi". A mulher sempre me recebia com um sorriso, era lindo o sorriso dela mas não tanto quanto da minha mãe, ela me dava folhas e lápis para desenhar algo mas eu não desenhava.

   Em pouco tempo o meu pai começou a brigar comigo, dizia que não tinha paciência pra me levar até lá e trazer, então ele deu a sua sentença, falou que se amanhã eu não falasse oque era pra falar, era para mim ir se preparando por que a noite ia ser longa.

  Com medo de meu pai, eu fui novamente no outro dia até lá, entendi que aquela mulher era uma psicóloga mas não sabia bem a função disso, então cheguei a conclusão que ela devia me ajudar em algo, mas não sabia ao certo o que.

  Eu entrei na sala dela novamente e me sentei numa cadeira em frente a uma mesa, ela começou a fazer as perguntas novamente para mim, aos poucos, meio gaguejando eu consegui falar tudo, tudo que o meu pai disse que era para falar.

#Votem_e_Comentem.

#Tamos_Juntos_é_Nois.

Na Mira Da QuadrilhaOnde histórias criam vida. Descubra agora