KANG SEULGI
Acordei subitamente com o meu celular tocando "Kill This Love" no último volume.
Ainda estando grogue, eu abri os olhos vagarosamente, tateando a cômoda ao lado da cama para cessar o barulho estridente.
Levantei-me sentindo o corpo pesado, tamanha preguiça que sentia me dominar. No entanto, sem demora, caminhei na direção do banheiro, arrastando os pés a cada passo, a fim de realizar a minha higiene pessoal, e de também me arrumar.
Quando finalmente terminei tudo que tinha para fazer, tratei de descer as escadas, rumo à cozinha, onde já podia ouvir os meus pais conversando.
— Bom dia, mãe... Bom dia, pai... — eu disse com pouca animação, e os olhos quase se fechando.
— Bom dia, meu amor! — a minha mãe, a Kang Jihyo, tal como sempre, me recebeu com a voz doce e animada.
— Bom dia, minha garota! — e o meu pai, o Kang Daniel, nunca mudava o seu jeito alegre e de tom divertido.
Eu não tive êxito em evitar um sorriso preguiçoso.
Pois, apesar do jeito irritantemente alegre dos meus pais, 24 horas por dia, eu me sentia amada de verdade, ainda mais por ter crescido e convivido em um ambiente com pessoas tão extrovertidas assim.
E, talvez, apenas eu tenha essa personalidade mais "fria", e que não ligava muito para sorrisos e falas meigas.
— Então, querida, como vão os estudos? — a minha mãe me olhou atentamente, enquanto me servia um prato de panquecas com calda de chocolate.
— Ah... Nada tão ruim... Mas, eu prometo que darei um jeito nisso. Não se preocupe comigo — comecei a comer devagar, mas sem olhá-la nos olhos.
Ela soltou um suspiro cansado, e continuou a me olhar, em busca de alguma explicação melhor.
— Filha, eu sei que você se empenha bastante nas atividades extracurriculares, mas só isso não é o suficiente. As suas notas nas matérias principais precisam ser boas, ainda mais se você realmente quer entrar numa ótima Universidade de categoria artística.
— Eu sei, mãe! Já disse que prometo melhorar — ignorei a expressão observadora do meu pai, pondo-me a franzir o cenho, irritada por essa conversa, logo cedo, justamente no café da manhã.
— Seulgi... — o meu pai me chamou, em um tom sério, o que confesso que não combinava muito com ele. — Filha, a sua mãe tem razão. Nós apenas queremos que você realize o seu sonho com as melhores oportunidades possíveis.
— Tudo bem! Eu vou me esforçar, de verdade, dessa vez — eu bati suavemente uma mão contra a outra, na intenção de limpar os farelos.
— Pois saiba que eu fico muito feliz em ouvir isso, meu amor! — Jihyo sorriu abertamente para mim, acariciando os meus cabelos.
Ela olhou para o meu pai, e depois, voltou a me encarar, conforme retornou a sua fala carinhosa.
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Bad Girls Love It Too ‒ Seulrene [REEDITANDO]
RomanceSerá mesmo que os opostos se atraem? Duas garotas diferentes, que frequentam o mesmo Colégio, e até então nunca haviam reparado uma na outra. Mas, certo dia, o destino decidiu escrever mais uma história de amor, fazendo com que as coisas ao redor m...