Prólogo

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... oito anos atrás .... 


Não, por favor, por favor, me solta.

— Cala a porra da boca vadiazinha, quanto mais relutar pior. Fique quietinha que serei rápido.

— Por favor, sou noiva do seu filho, porque está fazendo isso? – Questiono em meio às lágrimas.

— Na função de pai tenho direito de testar a mercadoria antes.

Empurra meu corpo contra o centro da mesa do escritório, erguendo a barra da saia. Contorço-me tentando escapar, mas ele é o dobro do meu tamanho e força. Ouço o som do seu zíper se abrindo, desesperada levanto o tronco para mais tentativa frustrada.

Pressionando minha costa com seu abdômen, debruçado sobre mim, sobe a mão até meu pescoço segurando apertado. Chutando meus pés com os seus, separa minhas pernas. Em um único movimento, enterra seu pau asqueroso no meu centro.

Nunca imaginei que iria perder a virgindade sendo estuprada por meu futuro sogro.

Sinto as lágrimas descendo e pingando na madeira maciça a cada arremetida do seu quadril. Pressiono os lábios para não gritar. Sua respiração ofegante próximo ao meu ouvido faz meu estômago revirar de ânsia.

— Gostosinha. — Geme, deslizando a língua no meu ombro.

Fecho os olhos pedindo a Deus que me leve, prefiro a morte a continuar suportando isso. Seu corpo imóvel, e os grunhidos indicam que o maldito gozou em mim.

Afastando-se, e liberando meu corpo, ergue a calça sorrindo satisfeito.

Abaixo o vestido, e escorrego sentando no chão. Encolho as pernas abraçando os joelhos. A dor física não é nada comparada ao que estou sentindo emocionalmente.

— Não me olhe assim, você gostou, admite?

— Desgraçado. — múrmuro baixo.

Ele se aproxima novamente, agacha e segura meu queixo encarando-me. – Se contar para alguém negarei. Pode ter certeza que sairá como uma putinha mentirosa, ou acha que iram acreditar em você? Sou o prefeito dessa cidade, acabo com sua vida. Entendeu?

Levanto de supetão quase o derrubando, e saio rapidamente do gabinete da prefeitura.

Não consigo segurar as lágrimas enquanto corro pelas ruas de Phoenix. Minha casa nunca foi tão longe como hoje. Subo os degraus da varanda pulando de dois em dois, empurro a porta.

Mamãe e papai ainda não chegaram do trabalho, está tudo silencioso. Entro no banheiro e ligo o chuveiro, colocando-me com roupa e tudo embaixo d'água. Pego a bucha pendurada na parede e começo esfregar minha pele. Nojo, ânsia, repulsa. Ainda posso sentir sua respiração, continuo esfregando até ao ponto de sangrar.

– Querida, chegamos. Vou preparar o jantar.

Respiro fundo, engolindo o choro. — Está bem mamãe, logo desço.

Termino o banho, enrolo uma toalha no corpo e vou para o quarto. Cansada e mentalmente abalada, deito na cama e adormeço.

O som do celular tocando me desperta. Reconheço esse toque, é Dylan. Rejeitando a ligação desligo o aparelho. Sei que ele não tem culpa, mas não consigo olhar em seus olhos e fingir que está tudo bem. Sempre idolatrou o pai, como irei contar que o PAPAIZINHO ESTRUPOU-ME? Não posso fazer isso.

Evito sair de casa pelos próximos dias, sempre com uma desculpa para não encontrá-lo pessoalmente. E por telefone somente chamadas rápidas.

"Estou ocupada com os preparativos do casamento."

Crescemos juntos, nossos pais sempre foram amigos no clube de golfe. Como ele não percebeu que estou mentindo? Talvez seja igual ao pai. Não, não é Alyssa. Dylan é doce, educado e ama você.

Ele não merece pagar pelas atitudes daquele cretino. Depois do casamento, vou sugerir mudarmos de cidade, ir embora para longe e deixar isso tudo para trás, por nós.

Enfim chegou o grande DIA. Maquiagem, penteado, e o vestido dos meus sonhos. Encaro o reflexo no espelho, era para ser o momento mais feliz da minha vida.

Vamos lá. Você consegue.

Ouço a buzina do carro que irá me levar na igreja, mamãe entra no quarto para me ajudar com o vestido. Durante o caminho tento pensar só em lembranças boas com meu noivo.

As portas da igreja se abrem a música ao som de piano para minha entrada, e papai com o braço entrelaçado ao meu. A cada passo rumo ao altar, relembro do acontecido.

De repente não sinto o chão abaixo dos pés, seu pai está próximo ao Dylan, me encarando com um sorriso asqueroso nos lábios.

— Não posso. Desculpe-me. — Grito.

Puxo o véu jogando longe, ergo a barra do vestido segurando com as mãos, e corro para longe enquanto todos gritam meu nome. Não posso me casar com ele, não posso me perdoe.  

********** ♡ ****************

Ohhh dozinha do Dylan!!! Mas te entendo filhota.

BEM VINDAS A NOSSO NOVO CASAL FOFINEO ❤

Ps: Não esqueçam de deixar o voto na estrelinha e acompanhar nossa história.

Beijinhos de luz 😘😘

DYLAN - Meu agente ( SÉRIE MEU - VOL2)  DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora