Capítulo 2

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CAPÍTULO 2

Finalmente o último sinal para o intervalo tocou, apanhei minhas coisas correndo fui até o banheiro e por mais que tivesse negado a ajuda de Lauren arrumei meus cachos cor de cobre apliquei mais desodorante e perfume e até escovei os dentes antes de sair, sim eu sei é exagero, mais não consegui evitar.
Caminhei até o estacionamento tendo que parar na porta para expulsar Lauren que estava escondida espiando, com esse problema resolvido avistei William encostado em seu carro e caminhei até ele, quando cheguei parei e não sabia o que dizer fiquei entre dizer Oi, ou Eae, mais acabei não dizendo nada só dei o mais estranho dos sorrisos. Idiota.
_Achei que sua sombra viria contigo.
_Quem a Lauren? Ela até tentou mais prendi ela no banheiro feminino.
Ele riu, bastante.
_Só você para me fazer rir Mel.

Chega de enrolação ou vou acabar enfartando, minhas mãos já estão suando tanto que já passaram para o ponto de nojentas.

_Você disse que precisava da minha ajuda...
_Ah sim claro.

Ele se levantou foi até a porta do passageiro e a abril para mim, uma pergunta em seus olhos, eu só iria se quisesse ir.
Caminhei até ele e entrei no carro, os bancos eram muito confortáveis e o painel muito moderno, ao contrário do meu carro velho caindo aos pedaços.
Ele deu a volta e se jogou atrás do volante deu partida no carro e depois de alguns minutos deixamos o estacionamento.

_Se posso perguntar, aonde estamos indo.
_Comprar café, estou em abstinência.
_Atah, ok. Então em que posso ser útil?
_Nossa você parece uma vendedora de lanchonete falando assim, mais achei fofo, ok, eu acho que estou doente mais não sei bem se estou, é meio confuso.

É esse não era nem de longe o assunto que eu estava esperando.

_Acho que não entendi, como você pode estar mais não estar doente.
_Ai é que está, eu me sinto cansado o tempo todo, sinto calor o tempo todo meus ossos, doem meus dentes doem, as pontas dos meus dedos ardem tanto que as vezes não consigo tocar nas coisas. Porém quando uso um termômetro não tenho nem um pouquinho de febre, fui até um dentista mais meus dentes estão ótimos não tem nada no raio x que explique a dor. Não sei o que está havendo, mais pensei que sua mãe talvez saiba, porém não posso ir ao médico ainda, tem jogo esse fim de semana e não posso ficar afastado.

Isso foi... sei lá o que foi, acho que ele disse mais palavras agora do que em todos os anos que nos conhecemos, e realmente parecia estranho, como posso me sentir quente demais e não estar com febre, sentir dores nos dentes mais não ter nada errado nos dentes, realmente acho que minha mãe saberia sobre algo, ela é  enfermeira no hospital central. Porém como perguntaria a ela sem levantar suspeitas era o problema.

_Ela deve saber algo sim, mais se eu falar com ela, ela vai querer te levar ao médico imediatamente e se eu não disser seu nome ela vai achar que os sintomas são meus e me trancar dentro do hospital.

_É eu sei, deixa pra lá eu tenho tomado remédios para a dor, nada muito forte ou viciante relaxa, eu aguento até o final da temporada.

_Não eu não disse que não ajudaria, só disse que não sabia como, vamos lá Will, me dê idéias.

Ele tamborilou os dedos no volante sua atenção voltada somente para o trânsito a frente.

_Bom vamos pensar em algo até chegarmos ao café. E quando voltarmos teremos um plano.

Assenti,  e coloquei minha mente para trabalhar, acabamos indo até o Starbucks mais próximo, e saímos de lá com copos gigantes de café com creme. Na volta debatemos muito o assunto fiz uma lista em meu caderno dos sintomas, quando começaram e quando pioram ou melhoram.

_Durante a noite, com certeza é quando pioram, durante o dia a dor é tolerável como uma coceira por baixo da pele, mais de noite é pior e em algumas noites eu não durmo.

O despertar da magiaOnde histórias criam vida. Descubra agora