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Oi, gente! Falei que não demoraria dessa vez. Obrigada pela interação de vocês e por não me deixarem na mão, fico super feliz com os comentários. Boa leitura!


- Mila, eu não tinha intenção nenhuma de me jogar de roupa e tudo na água! - Valéria disse aos risos enquanto elas caminhavam de volta para a areia.

- Como não, Valéria? Você estava indo cada vez mais longe! - a morena disse de olhos semicerrados.

- Mas eu ia só molhar as pernas, baby. - abaixou juntando sua bolsa e segurando seus tênis na mão enquanto Camila fazia o mesmo - Imagina entrar agora toda molhada no seu carro?

- Não tem problema, Val. Além do mais o banco é de couro, então ta tudo certo. - deu de ombros caminhando pela areia de volta ao calçadão.

- Ah, eu nem tinha prestado atenção, sendo assim... - deu de ombros - Mas olha o meu estado, Camila! Olha como você me deixou - apontou para os cabelos ensopados e bagunçados.

Valéria pegou o celular na bolsa e aproveitou o momento para tirar algumas fotos da paisagem maravilhosa, o sol estava começando a se pôr e a ruiva adorava registrar esses momentos, só lamentou internamente por não estar com sua câmera profissional ali.

- Eu prefiro nem me preocupar com isso agora. - disse após a ruiva terminar as fotos - Sinceramente não acredito que você está reclamando, Valéria.

- Ei, alto lá! Eu não estou reclamando. - juntou as sobrancelhas e elas entraram no carro de Camila.

- Não? Ah ta! - disse irônica - Logo você que é toda metida a aventureira ta aí reclamando do cabelo. - deu partida no carro.

- E sou aventureira mesmo, mas eu não estava preparada e nem estava esperando! - afirmou. - Só não é muito a sua cara fazer isso, se jogar no mar de roupa e tudo pra beijar uma ruiva maravilhosa.

- Ah, mas não faço esse sacrifício por qualquer ruiva, só por essa que eu gosto de beijar. - lançou uma piscadela enquanto prestava atenção no trânsito. - E eu não disse um pio sobre o estado do meu cabelo.

- Ok, ok. - a ruiva riu - Está bem! Preciso admitir que você me surpreendeu.

- Viu só, senhorita Arantes? Não foi de todo mal.

- Não mesmo, e agora estou com mais vontade ainda de ser surpreendida por você.

- Eu posso surpreender de várias formas.

- Eu posso imaginar quais... - a ruiva murmurou e Camila deu uma gargalhada gostosa.

- Você é terrível, Valéria. - levou a mão direita até a coxa esquerda da ruiva acariciando e apertando levemente, causando arrepios no corpo de Valéria.

O caminho até a casa de Valéria foi feito num clima leve e discontraído, onde trocavam carícias suaves e risos por algo aleatório que falavam. A intimidade e a naturalidade com que as coisas aconteciam entre elas ainda deixava Camila surpresa, mas era algo tão positivo e gostoso de sentir que ela se permitiu aproveitar o momento.

Apesar de todos os seus medos, receios, inseguranças e amarras, Camila queria se permitir e vivenciar tudo o que tinha direito ao lado da ruiva, mesmo que não fosse algo duradouro, mesmo que o que elas viessem a ter fosse apenas uma chuva de verão. Valéria lhe trazia uma sensação tão indescritível que ela sentia vontade de arriscar e de eternizar aqueles momentos enquanto durassem.

Nunca foi o tipo de pessoa de se aventurar, sempre foi do tipo de pessoa que não se entrega, não se envolve 100% e não permite que as pessoas ultrapassem um certo limite em sua vida que ela mesma impunha.

TransbordarOnde histórias criam vida. Descubra agora