Transbordar

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Oi, mores. Tudo bem? Obrigada pelos comentários maravilhosos de vocês no capítulo anterior. Bom, antes de vocês quererem me matar por causa desse capítulo eu peço que tentem entender, pelo menos um pouco, a Camila kkk E se prestaram atenção à detalhes dos capítulos anteriores, vocês vão perceber que era só questão de tempo até a Camila ficar assim, porque ela já vinha dando indícios disso através do comportamento. P.S.: esse capítulo tem uma pequena referência à uma coisa que só entendedores entenderão kkkkk quem entender certamente vai se manifestar. Boa leitura! (o wattpad estava bugadíssimo, já tentei postar diversas vezes e tava dando problema. acho que agora vai! sinto muito pelo transtorno.)

A semana seguiu corrida e Valéria e Camila se falavam apenas por mensagens, já que não tiveram oportunidade de se encontrar pessoalmente. A ruiva passava o dia todinho no trabalho e Camila passava a noite na aula. Mas a verdade é que nenhuma das duas tomava iniciativa pra convidar a outra, porque é claro que mesmo com o tempo corrido elas conseguiriam se encontrar caso marcassem algo.

Isso deixava Valéria angustiada, a falta de atitude de Camila fazia com que a ruiva pensasse que essa não estava tão interessada em vê-la, afinal durante as mensagens que trocavam a morena não mencionou nada a respeito, então a ruiva também não. As conversas sempre eram sobre coisas aleatórias, coisas do dia a dia e banalidades. A ruiva notou que Camila parecia esquisita pelas mensagens, um pouco distante, desinteressada.

Valéria também ficava receosa de chamar Camila para fazer algo já que da vez anterior quem convidou foi ela quando a chamou para ir em madureira, então imaginou se ela não estaria sendo apressada ou grudenta em ficar chamando a morena pra sair, afinal a própria Valéria detestava gente no pé dela grudado feito chiclete, porém com Camila era diferente, totalmente diferente. E a ruiva estava sentindo sua falta.

"O que está acontecendo com você, Valéria Augustin Arantes?", pensou consigo mesma enquanto analisava um contrato no trabalho e o expediente já havia sido encerrado. Já era 19h de uma sexta feira.

- Foca, Valéria, foca! - falou se voltando para o contrato novamente.

Falha tentativa porque as palavras que ela lia no contrato ficavam embaralhadas e ela não estava mais conseguindo render, porque simplesmente só pensava em Camila. Decidiu levar seus papéis pra casa e analisá-los durante o final de semana com mais tranquilidade.

Reuniu suas coisas mandando mensagem para que Hussein a esperasse com o carro na entrada do prédio, e assim o rapaz fez. Alguns minutos e Valéria já estava em casa dispensando o motorista até segunda-feira.

- Boa noite, dona Missade. - a ruiva cumprimentou de forma desanimada a mulher mais velha que estava na sala vendo TV.

- Boa noite, dona Val. - percebeu o abatimento da patroa - A senhorita está bem?

- Cansada e chateada com umas coisas só. - sorriu fraco.

- Você quer eu faça uma sopa ou algo leve pra senhorita jantar?

- Não precisa. Eu vou só tomar um banho e descansar, acho que estou precisando disso.

- Está bem, eu vou pra casa, mas se a senhorita precisar de alguma coisa me chame, ok? - a mulher mais velha sorriu com ternura.

- Ta bem, obrigada! - sorriu carinhosamente de volta e subiu as escadas para seu quarto.

Seguiu para seu banheiro enchendo a banheira com água morna e jogando sais de banho na água, logo se despiu e repousou o corpo ali por longos e demorados minutos. Valéria perdeu totalmente a noção de tempo enquanto tomava banho, porque sua mente só vagava pensando em certa pessoa e ela ficava brava consigo mesma por estar chateada.