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— Onde você pensa que vai? — gritando por cima da música alta para cacete. Segurei o braço da Júlia e ela olha para onde minha mão está.

— Dá licença, meu anjo? — gritou de volta, puxando o braço de mim. — Não foi você que entregou os pontos e me mandou procurar outra pessoa para... resolver o meu problema?

Ela não estava brava. Júlia estava rindo da minha cara e fazendo graça. Ela me deu uma resposta malcriada perguntando se a cueca estava apertada. Não estava antes. Agora estava. Nada mais justo que ela resolvesse isso, já que foi ela que causou.

Ela piscou para mim e começou a se afastar. Não sei o que deu em mim, mas eu a puxei de novo até eu conseguir colar seu corpo no meu.

— Você ficou maluco? — ela perguntou. Mas não tentou se afastar.

A música que estava tocando é alta e tem uma batida sensual. Passei o olho pelo lugar e estava todo mundo bêbado e se divertindo. Nem sabia onde a noiva tinha se enfiado e não me importava.

— Você está em um despedida de solteira e é meu trabalho satisfazer as clientes — falei no ouvido dela.

Comecei a dançar com ela no ritmo da música, me esfregando nela. Júlia não se afastou. Peguei as mãos dela e coloquei no meu peito.

— Fica à vontade — falei quando a mãos dela desceram até meu abdômen.

Me senti vitorioso.

Não costumava cismar com mulheres assim. Quando você trabalha muito tempo com o que eu trabalhava, elas começam a parecer todas iguais. Claro que ficava com tesão e pegava algumas. Mas fazia tempo desde que senti esse desejo todo que senti do nada por essa aqui.

— Você não é nada mau — ela falou. Desci a mão até a bunda dela e apertei com gosto. Ela riu, nervosa. Cadê a resposta atravessada agora? — Preciso ir. Tenho que achar a louca da minha irmã. Obrigada pela distração.

Ela me deu uma piscadinha e ficou na ponta dos pés para beijar meu rosto. Segurei ela bem ali.

— Eu tenho uma ideia melhor — falei na sua bochecha. Peguei uma mão dela e terminei de descer pela minha barriga. Ela ofegou.

— O que você está fazendo? — perguntou com a voz trêmula.

Olhei de novo ao redor, mas é claro que não tinha ninguém prestando atenção na gente. Estava todo mundo ocupado fazendo a mesma coisa. Ou querendo fazer a mesma coisa. Ou fazendo pior.

— É o seguinte, Júlia — falei, virando o rosto dela. Coloquei a boca na orelha dela. — Você disse que precisa de alguém para te foder até você esquecer o marido da sua irmã.

— Noivo — ela corrigiu. Enfiei a mão por dentro do shortinho folgado que ela usa e apertei sua bunda quente.

Fiquei esperando ela dar na minha cara e me afastar ou se render logo, mas Júlia não fez nem um nem outro. Não estava entendendo essa mulher. E eu sempre entendia mulheres. A voz dela estava firme. A voz dela não devia estar firme. Ela devia estar gemendo de vontade.

Isso me deixou louco.

Louco o suficiente para terminar de descer a mão dela e colocar em cima do meu pau duro. A filha da mãe apertou.

— Eu quero te comer — falei no ouvido dela, sem rodeios.

— Todo homem quer comer qualquer coisa que se mexa, qual é a novidade? — ela perguntou e apertou meu pau de novo.

Tudo bem. O tiro saiu pela culatra.

Essa mulher ia me fazer de gato e sapato e eu ia gostar, estava sentindo.

MATHEUSOnde histórias criam vida. Descubra agora