— Senta — eu disse. Apontei para a cadeira onde ela estava antes. Júlia cruzou os braços em uma pose pirracenta. — Você comprou um lap dance, senta.
— Ah me poupe, seu... Homenzinho arrogante!
Júlia bufou e não se moveu. Aí eu fiz a única coisa que qualquer pessoa sensata poderia fazer: agarrei-a pelas pernas e joguei por cima do meu ombro.
— O que você acha que está fazendo? — ela gritou.
Dei um tapa forte na bunda dela e dei alguns passos até chegar na cadeira. Coloquei Júlia sentada e, antes que ela pudesse abrir essa boca nervosa e gritar comigo de novo, repeti a dose do elevador e beijei seus lábios carnudos.
— Lap dance, Júlia. Quietinha.
Antes mesmo de a música começar a tocar, eu já tinha começado. Tirei o capacete falso de bombeiro da minha cabeça e coloquei na dela. Comecei a dançar no ritmo da batida sensual da música. Bem rápido, o olhar no rosto dela deixou de ser irritado. Eu conseguia ver que ela estava tentando com muita força de vontade não mostrar que estava gostando. Só que quando eu peguei as mãos dela e coloquei no meu quadril, ela mordeu o lábio, e aí eu sabia que eu tinha ganhado.
Eu percebi que ela era muito diferente daquela irmã pirada dela que estava tentando chifrar o marido antes do casamento. Júlia ficou bem comportada, olhando para mim com os olhos grandes e cheios de desejo, as mãos onde eu deixei. Era o meu show e ela me deixou comandar.
Montei no colo dela e coloquei uma mão de cada lado da cadeira atrás da cabeça dela. Encostei o tronco no rosto dela e subi e desci de um jeito que não teve outro jeito senão esfregar a sua boca no meu peito.
— Pode beijar — eu disse.
— Não sei, eles me disseram que você morde se encostar muito — ela respondeu com aquela língua afiada que me fazia querer morder. Júlia até tentou fazer graça, mas sua voz saiu falhada.
Só pela pirraça, eu passei um braço por baixo da coxa dela e a puxei para cima até Júlia estar com as coxas em volta da minha cintura. Não dei tempo de ela entender o que estava fazendo e a botei no chão de novo, com as costas para mim. Empurrei as costas dela para frente e fiz Júlia segurar no encosto da cadeira. Empurrei as costas dela mais para baixo ainda, para fazer a bunda dela ficar empinadinha para mim, e me esfreguei nela como nunca fiz com cliente nenhuma.
Era parte da coreografia, mas o jeito que eu estava puxando a bunda redonda dela na direção do meu pau era só um jeito de me torturar e odiar esse short maldito que ela estava usando.
— Se você faz isso com todas as suas clientes, já sei por que me custou uma fortuna pra te chamar aqui — ela falou quando a música acabou.
Júlia tentou se levantar, mas belisquei a curva da bunda que estava para fora. Quando ela levantou, subi a mão pela cintura dela até chegar no seu peito.
— Eu não faço isso aqui com cliente nenhuma — eu respondi, enfiando a mão por dentro da blusa dela. Júlia soltou um gemido gostoso quando belisquei o mamilo dela. — Só faço isso aqui com as minhas namoradas.
Beijei o pescoço dela e puxei seu rosto na minha direção. Eu podia sentir minha ereção explodindo dentro da fantasia apertada grudada na bunda dela.
— Você beija gostoso — falei na boca dela. — O que mais você faz gostoso?
Júlia virou nos meus braços e ficou de frente para mim. Ela sorriu e desceu a mão até o meu pau. Quando ela apertou, foi minha vez de gemer, já vendo o que vinha por aí. Mas aí o apertão ficou forte demais e começou a doer como o inferno.
— Eu faço muita coisa gostoso — ela respondeu, apertando mais forte. Segurei o grito e tentei puxar a mão dela, mas a mulher segurou forte como o cão. — Inclusive arrancar o sorriso de babaca arrogante que acha uma boa ideia fingir que é meu namorado!
— Você ficou doida? — eu reclamei. Se alguém perguntasse, eu ia dizer que eu consegui tirar a mão dela. Mas tinha certeza que foi Júlia que resolveu me soltar ou eu ia estar gritando de dor até agora. E aí minha ereção estava pulsando, mas era de dor. — Puta que pariu, isso dói.
— É pra doer! Tem ideia do problema que você me arrumou?
Esfreguei meu pau, tentando aliviar o incômodo, mas isso pareceu chamar a atenção da mulher raivosa na minha frente, porque ela lambeu os lábios, sacodiu a cabeça e voltou a apontar o dedo para mim.
— Agora Thiago teve a brilhante ideia de que eu tenho que levar você para a porcaria do casamento.
Ah, o babaca que estava olhando para ela cheio de ciúmes. Eu não sabia por que, mas isso me irritou para cacete.
— Eu vou com você — eu disse.
Júlia piscou várias vezes antes de abrir a boca e jogar as mãos para cima.
— Você não vai em lugar nenhum comigo! Eu nem te conheço, seu surtado! E o que você acha que vai acontecer quando eu aparecer com você e Aline te reconhecer?
— Sua irmã não vai falar. Te garanto que ela não vai sair por aí se denunciando e contando para todos os convidados que o namorado da irmã é o stripper da despedida de solteira dela que ela estava tentando foder.
Júlia deu um tapa forte no meu rosto que eu não estava esperando.
— Nunca mais fala assim da minha irmã! — ela bradou com o dedo apontado para mim. Mordi a ponta do indicador dela e a puxei pela cintura para mim. — Eu estou falando sério.
— Desculpa — falei. Beijei o dedo e puxei a nuca dela. — Só estou dizendo que ela não se comportou exatamente como a mulher mais respeitosa da face da terra quando estava aqui nesse mesmo quarto.
Júlia esfregou o rosto e suspirou. Balançou a cabeça e fechou os olhos.
— Ela não é uma pessoa ruim, só...
— Só não é a mais fiel das criaturas, e você está aí se torturando porque está apaixonadinha pelo noivo dela.
Fiquei esperando pela resposta malcriada, pela provocação atravessada, por outro tapa na cara que eu mereci. Só que ao invés disso, ela deu uma fungada nada discreta e eu vi uma lágrima descer no rosto dela. Acho que só aí que me dei conta de que ela realmente gostava do babaca e estava sofrendo com isso.
Eu tinha pavor de mulher chorando. Não sabia como lidar com gente sofrendo. Eu acreditava de verdade que algumas pessoas nasciam para saber ter sentimento, eu não era assim. Eu entendia de sexo, de sedução, de prazer, de estremecer as pernas de qualquer mulher e fazer implorar por mais. Com mulher chorando eu não sabia lidar.
— Eu vou com você — eu disse de novo. Apertei a bunda dela e puxei para cima, para fazer ela ficar mais perto. — Vou posar de namorado do ano, você me exibe por aí para todas as suas amigas e salva o casamento da sua irmã.
Júlia mordeu o lábio e eu vi que ela realmente estava considerando isso.
— E em troca eu assumo que você queira...
— Não finge que você não quer que eu te coma até seus joelhos tremerem. — Subi a mão pelo lado do corpo dela e segurei seus peitos pelo lado, apertando os dois juntos. Júlia riu e me olhou de cima a baixo com tanta atenção que eu me senti um pedaço de carne exposto, e adorei cada segundo.
— Feito. Começando hoje, até o dia do casamento, você é oficialmente meu namorado — ela concordou com um sorriso esnobe.
— Ótimo — eu respondi. Puxei ela para um beijo para selar o acordo. — E só para avisar, eu não gosto de dividir minhas mulheres. De hoje até o casamento da irmã do ano, você é só minha.
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MATHEUS
RomanceLIVRO 1 - SÉRIE STRIPPERS [os livros são únicos] Matheus é o stripper mais famoso entre as mulheres na badalada boate Lux. Caro e requisitado, o homem dono de um corpo capaz de enlouquecer qualquer uma é irônico, debochado e mulherengo, e só tem uma...