Cores reais

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A pele arrepiava-se ao sentir os toques dos lábios, principalmente no pescoço. Os olhos fechados eram traiçoeiros. Ficar longe de quem se amava tinha seu preço, e era alto a sua mente. A boca que subia e descia no seu membro o fazia vibrar e sentir um puta desejo.

Caralho, o que ele estava fazendo?

Sucumbindo ao desespero e perdendo de vez a merda da sua cabeça isso sim!

Mas simplesmente não conseguia ir contra, era mais forte e mais intenso que ele naquele instante. Definitivamente ele estava brincando com fogo, mas àquela altura ele não se importava mais de se queimar.

As gostas de suor acumulavam em sua barriga e seu peito. Estava muito quente, definitivamente estava queimando. A mão agarrava segura os cabelos em chamas enquanto guiava os movimentos. Não aguentava mais!

O segurou e virou o corpo o deixando sobre o dele e buscou os lábios no mesmo momento que se posicionou entre as pernas de Vegeta e foi entrando pouco a pouco enquanto o beijava sem interrupções.

As investidas que começaram fundas e lentas, alternavam-se agora com as fortes e rápidas, os gemidos se tornaram intensos no quarto a medida que se fundiam e se sincronizavam.

Goku fez então os seus lábios saírem daquele beijo com Vegeta e começou a chupar o pescoço e o ombro onde dava pequenas mordidas e chupões.

—ahhhh...nhmm...go—ku – gemia e murmurava Vegeta agarrado aos braços fortes.

—Olha pra mim— Goku pediu no instante que morde o lábio inferior de vegete e o chupou – geme olhando pra mim, adoro me ver nos seus olhos – ele murmurou indecentemente provocante no ouvido de Vegeta fazendo ele dá um sorriso de lado.

—Convencido – murmura Vegeta ofegante.

Precisaram de tão pouco para atingirem o ápice daquele ato... era inegável o quanto os corpos se combinavam.

Perderam a noção do tempo e se levantaram, sem muita conversa apenas se vestiram e saíram daquele lugar tão longe e afastado. Eles praticamente não conversaram. Apenas poderia dizer que se satisfizeram e saciaram-se a ausência um do outro. As roupas sujas estavam literalmente de lado em uma trégua feita por ambos. Ninguém perguntava nada, ninguém falava nada. Mas ainda assim Goku sentia-se incomodado de ver todas aquelas marcas que agora estavam bem mais fortes no corpo de Vegeta.

Parecia que sempre arranjavam uma desculpa qualquer pra estarem juntos.

Então era assim quando se fazia algo proibido? Goku sentia-se angustiado enquanto dirigia de volta ao escritório. Estava mais calado que o normal. O motivo dele e de Yamcha não derem certo foi principalmente infidelidade e agora ele estava ali, fazendo a mesma coisa. Poderia dizer que é uma vingança, poderia dizer que Yamcha merece, mas Goku era o tipo de pessoa que não acredita em se pagar as coisas na mesma moeda, e não acreditava em mentir. Mas àquela altura tudo estava confuso e bagunçado em sua mente e isso era o frustrante... porque o errado parecia o certo e o certo agora parecia o errado.

O carro entrou na vaga no prédio e ambos desceram voltando cada um ao seu escritório.

Goku sentou-se em seu escritório e ficou girando uma caneta pensativo... era algo tão simples e óbvio em sua mente, ele queria ficar com Vegeta, simples assim, sem mentiras, sem julgamentos, sem provocações, só isso. Mas Vegeta não queria e era simples assim também.

Como abdicar de uma vida por alguém que insiste em se manter oculto e alheio a tudo?

Uma vida a dois, precisa de dedicação e querer de ambas as partes, e é aí que o coração e o caráter de Goku estava o atormentando. Ele via todo o esforço que Yamcha fazia por ele, todas as formas de agrada-lo, e principalmente todo o cuidado que ele tem tido com seu pequeno garotinho... poxa, ele foi um filho da puta no passado, mas pode ter se arrependido, não é? Afinal as pessoas também podem errar e aprender com seus erros, ele vê isso todos os dias, não era algo tão fora do normal. E diferente de Vegeta, Yamcha mantinha sua vida particular separada do trabalho e não se importava de ser ele mesmo. Não que eles saíssem se agarrando por todos os lados, um dia já foram assim, mas agora eram mais discretos no que tinham.

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