Capítulo 30 (Consequências)

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Mark foi recuperando a consciência pouco a pouco e logo saiu do carro, não fazia ideia de quanto tempo passará desde o impacto.

A porta não estava no lugar, ela estava um pouco aberta por causa da mudança na estrutura do carro; devido a parte do copiloto estar completamente destruída. Quando já estava de pé, ele percebeu que seu braço direito estava fraco, provavelmente havia sofrido uma lesão. A cada passo que dava, os cristais soavam sob seus pés.

Ele ainda estava tonto com o impacto e seus abdômen doía, o cinto havia feito seu trabalho muito bem, mas não impediu que sua testa batesse no volante. Os airbags do carro estavam desativados a muito tempo, quando seu pai sofreu um acidente e nunca os colocaram de volta, ele ainda se lembrava disso.

Ele tocou a cabeça com o braço esquerdo e depois olhou a mão para confirmar o que já suspeitava.

Ele estava sangrando.

Como efeito da tontura que sentia, ele caiu no asfalto com uma visão difusa e instável, simplesmente olhando para o espaço.

"Como diabos eu sobrevivi a isso?" Mark se perguntou. O acidente que Renjun teve, foi semelhante e, portanto, ele não entendeu como ainda era capaz de se levantar sozinho e andar; quando seu amigo não teve a mesma sorte e teve de ficar em uma maca por um logo tempo.

- Socorro! - uma voz foi ouvida, alguns metros atrás.

Mark olhou na direção da voz e demorou um pouco para reconhecer o outro como o carro de Jisung. A frente do carro estava quebrada, ou era o que se podia ver de onde ele estava.

- Socorro! - Jisung gritou novamente. Estava realmente desesperado e necessitado.

Mark levantou-se e cambaleou para ajudar o amigo.

- Jisung, você está bem? - perguntou Mark, logo após alcançar o veículo.

Mas foi até ficar cara a cara com a situação, que ele percebeu que acabará de sofrer um acidente e, por crueldade do destino, seu amigo sofrerá injustamente o efeito dominó. Jisung estava bem, não tinha aranhões ou lesões superficiais, no entanto, estava lutando para liberar as pernas do metal deformado que agora era seu carro.

- Mark? - o mais novo gritou. - Me ajude, não consigo sair. Chenle desmaiou porque viu sangue na perna dele.

Jisung tinha pequenas lágrimas nos olhos e estava empurrando seu carpo inutilmente para frente. A imensa necessidade que ele tinha de sair dali sem ferimentos era esmagadora, principalmente porque logo após o acidente, Chenle enfatizou que suas pernas doíam demais.

- O que Chenle está fazendo aqui? - Mark perguntou abrindo a porta com a mão esquerda. Chenle estava com o cinto de segurança e parecia um bebê que acabará de adormecer no carro de seu pai, com cabeça tomada para frente. - Há quanto tempo ele desmaiou?

Mark começou a empurrar o painel com uma mão.

- Cerca de três minutos - respondeu Jisung, empurrando novamente com os dois braços ao mesmo tempo que Mark, mas nada aconteceu. Sua respiração estava agitada pelo pânico. - Não consigo sair, não sinto minhas pernas, não sei se isso é bom ou ruim... tenho medo. - ele tentou acalmar a respiração, mas era inútil. - Mark chama uma ambulância. Chenle está perdendo sangue e isso não é bom.

- Certo

Mark correu de volta para o seu carro, olhando para o perímetro, procurando alguém que pudesse ajudá-los, mas nada, essa rua era pouco movimentada. Ele procurou o celular nos escombros, felizmente ainda ligava, desbloqueou, e viu imediatamente o número exagerado de ligações de Jaemin, novamente lhe causando algo estranho.

CONTRAST {MarkHyuck} TraduçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora