Éramos pecadores perdidos na própria escuridão e desordem; aqueles do pior tipo, viciados e desesperados em nossos jogos insolentes e profanos.
Porque ele não se importava com regras, tradições ou doutrinas. Se não pudesse criar os seus próprios do...
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RESPIREI FUNDO.
Eu não sabia quem tinha dito aquilo, portanto girei minha cabeça para o lado, procurando o responsável pela fala. O homem aparentava ser pouca coisa mais velho que eu. Ele vestia um terno inteiro preto. Devo acrescentar que ele era muito bonito.
Semicerrei os olhos diante do seu sorriso malicioso. Seus cabelos e olhos eram castanhos e a barba deixava-o com um ar maduro. Ele tirou um cigarro da sua orelha e o acendeu livremente, como se não estivéssemos em um local fechado cheio de gente.
— É sério que vai fumar aqui?
Ele arqueou a sobrancelha.
— Qual o seu nome, minha gatinha?
— Não sou sua gatinha. — falei firme.
Ouvi Madison pigarrear, mas ignorei. Eu não sei se foi as doses que tomei, mas eu me sentia terrivelmente corajosa para ser rude com um cara muito bonito de terno. E gatinha? Nossa.
— Noah. — soltou a fumaça — É um prazer.
— Angeline. — ignorei sua mão estendida a mim.
Ele riu do meu jeito e voltou sua mão ao balcão, dessa vez pedindo uma bebida à Madison, que prontamente lhe serviu. Aparentemente, ele não havia ficado ofendido por eu ter ignorado seu cumprimento, o que me fez encará-lo curiosa.
— Você quer o emprego, gatinha?
— O gerente do Pink J Café me indicou... Aqui. E eu...
— Ah, claro. Temos uma parceria, gatinha. Lá também é nossa propriedade. Você quer ou não o emprego? — repetiu.
Engoli em seco.
Sim, eu precisava.
— Talvez.
— Você parece ter um gênio difícil. Gostei disso.
— Você é o dono? — perguntei sem enrolação, já que ele havia dito "nossa propriedade".
Ele sorriu, tragando novamente. Balançou a cabeça, como se estivesse ponderando e formulando uma resposta à pergunta tão simples que eu havia lhe feito.
