bill denbrough • hold on

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Atenção! esse imagine menciona suicídio, sangue, e automutilação, se você não se sentir confortável com esses assuntos, não recomendo a leitura.

boa leitura para os que ficam!

No POV.
era isso.
nada mais poderia te salvar.
o esgotamento psicológico combinado com o trauma que você viveu com os losers em Derry lhe davam apenas uma opção.
a morte.
nada mais parecia ter sentido, suas notas na escola estavam mais baixas que o normal, você não conseguia se concentrar, ter emoções, ser feliz.
as alucinações ficavam cada vez mais fortes, a um ponto que você não conseguia mais tratá-las com remédios.
em todo lugar, você via ele, aquele palhaço gigante, com a boca vermelha e uma expressão macabra.
podia ser apenas coisa da sua cabeça, mas de algo você estava certa.
ele iria voltar.
então porque não evitar viver tudo aquilo novamente?
já estava mais que na hora de desistir de tudo.
você estava certa de que seu melhor amigo, Bill, ficaria bem, até porque os losers estariam sempre lá.
eles sempre estão lá.
você sabia como a felicidade deles era contagiante, estar com eles era sinônimo de tranquilidade e paz.
você não queria estragar tudo aquilo com sua mente negativa.
então estava na hora de colocar seu plano em
ação.

voltando da escola em uma sexta feira qualquer, de qualquer jeito você não de importava com nada, data, dia da semana...
você só queria acabar com aquilo.
sua mae não estava em casa, pra variar, ela provavelmente estava trabalhando para manter a família, já que sua vó estava extremamente doente e não saia da frente da tv, o dia inteiro.
você pegou o almoço dela, ja separado mais cedo por sua mãe e deu para ela, literalmente como se ela tivesse 1 ano de idade. e em troca você apenas recebeu um "cade a sobremesa?"
você ignorou e disse que não tinha, o dinheiro estava curto.
depois de apenas mexer o garfo pela sua comida, já que você estava tão mal que não conseguia mais comer, ja faziam umas duas semanas e você ja tinha perdido uns 10 quilos.
obviamente ninguém percebeu ou se importou.
mas por que eles iriam né?
estava chegando a hora.
você deixou tudo como estava, para não levantar suspeitas, você escreveu uma carta de despedida para cada um dos losers, você não tinha ideia de como eles iam fazer falta, seja lá para onde você fosse.
depois de remover sua camiseta e sua calça, ficando apenas com suas roupas íntimas, você separou aquela lâmina que já estava guardada a muito tempo para fazer finalmente um bom uso dela.
depois de encher sua banheira com água quente, você entrou nela, dando uma respirada profunda, ja pegando a lâmina afiada em
sua mão.
depois de aquecer todo seu corpo com a água, incluindo seu rosto e cabelo, você encostou a lâmina em braço, uma vez sem coragem, você trouxe a tona todas as memórias com Pennywise, e deixou ela deslizar em seu braço, colocando uma leve pressão, ja suficiente para sair um tanto de sangue que você nunca tinha visto.
depois de fazer dois cortes ainda mais profundos em seu braço direito, você começou a sentir uma tontura, seguida de uma visão turva, que te impediu de que continuasse os cortes em seu braço esquerdo, quase perdendo a consciência.
de qualquer jeito, estava dando certo.
quando você quase não aguentava mais, você estava prestes a fechar seus olhos, provavelmente pela ultima vez, você ouviu a porta abrir com tudo e uma voz conhecida gritar seu nome.
Bill.

Bill's POV.

Eu não conseguia mais aguentar a ansiedade, eu precisava falar para ela sobre meus sentimentos, não poderia guardar mais pra mim.
percebi a mudança repentina em seu comportamento e notas, até mudanças físicas, mas ela era muito fechada e não gostava de contar sobre seus sentimentos, então preferi não interferir na privacidade dela.
saindo da escola naquela sexta feira ensolarada, perfeita para levar ela ao quarry, passei numa floricultura e comprei um buquê de girassóis
ela sempre amou girassóis.
passei em casa, troquei de roupa, roubei um perfume do meu pai e me dirigi a casa dela
chegando lá, toquei a campainha e ouvi uma voz feminina, que claramente não era dela.
a voz me dizia para entrar, assim que entrei, pude ver a vó de S/N sentada no sofá, olhando fixamente para a tv.
Eu, tentando não gaguejar muito, perguntei onde poderia encontrar sua neta, ela respondeu grosseiramente dizendo que ela estaria em seu quarto, subindo as escadas era o primeiro quarto a direita.
chegando la, a porta fechada dizia tudo. Era óbvio que aquele quarto era dela, o símbolo do Nirvana pintado em amarelo na porta, a cara dela.
Entrando no quarto, não encontrei ngm, apenas umas cartas jogadas na mesa, roupas no chão e uma caixinha aberta, vazia.
provavelmente ela estava prestes a tomar banho ou algo do tipo.
Bem, a curiosidade tomou conta de mim e resolvi ir espiar as cartas, cada uma tinha o nome de um loser.
ai eu abri a minha carta.
mas os dizeres dela me desesperaram.
eu não consegui terminar de ler, me desesperei muito, ela dizendo como sentiria minha falta e nunca pôde admitir que era apaixonada por mim.
eu estava imaginando pra onde ela poderia ter ido, até que eu raciocinei sobre as roupas jogadas no chão e a porta do banheiro fechada.
quando eu ouvi um gemido baixo seguido de um suspiro, não pensei duas vezes e me arremessei contra a porta, abrindo-a.
provavelmente aquela foi uma das cenas mais tristes que eu já vi na minha vida
encontrei S/N praticamente desacordada com seus pulsos cortados, o líquido vermelho preenchia toda a banheira, a água e até o chão.
Eu não sabia muito bem o que fazer por meio do desespero, fui até o telefone que estava em seu criado-mudo e liguei para a ambulância.
enquanto esperávamos, fui até S/N e segurei sua mão, não me importava com o sangue, minha prioridade era ela naquele momento, ela estava fraca, mas ainda sim senti um pouco da pressão dela tentando segurar a minha.

• imagines •Where stories live. Discover now