Linhas tortas em um caderno empoeirado,
descrevendo o que sempre pareceu inenarrável,
junto a tinta que escurece o tecido alvo,
e clareia o coração nem de longe tão calmo.
E se o alvo resiste as vontades do breu,
que se irradie perante a alvorada que resplandeceu,
no cume da alma solitária e pelos lagos da desilução,
que possuem sua foz na mais triste paixão.
E as palávras que torturam seus sinônimos,
tentando convergir as diferenças do homônimo,
e eleger o melhor dos representantes,
que faça jus à essência, e nem tanto ao restante.
Um corpo que se estende no lençol claro,
e se deixa encantar pelo brilho da noite viva,
entregue as melancolias do desamparo,
mas coberta pelo calor de minha poesia.