Mágoas de poeta

7 1 0
                                    

Linhas tortas em um caderno empoeirado,

descrevendo o que sempre pareceu inenarrável,

junto a tinta que escurece o tecido alvo,

e clareia o coração nem de longe tão calmo.


E se o alvo resiste as vontades do breu,

que se irradie perante a alvorada que resplandeceu,

no cume da alma solitária e pelos lagos da desilução,

que possuem sua foz na mais triste paixão.


E as palávras que torturam seus sinônimos,

tentando convergir as diferenças do homônimo,

e eleger o melhor dos representantes,

que faça jus à essência, e nem tanto ao restante.


Um corpo que se estende no lençol claro,

e se deixa encantar pelo brilho da noite viva,

entregue as melancolias do desamparo,

mas coberta pelo calor de minha poesia.






PoesiasOnde histórias criam vida. Descubra agora