Ébrias memórias

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Minhas pernas cambaleiam,

as luzes desfocadas da rua,

os pensamentos inquietos,

ruas paralelas que me levam a ti,


A tudo que um dia passou,

ao nada que nunca irá ocorrer,

pergunto suas razões em mim,

enquanto minha cabeça não para de ceder,


cedendo em minha frágil alma,

que ainda guarda estrelas para ti,

brilhando em um céu fechado e nublado,

que já não se lembra como abrir.


Meu mundo se abala junto com a minha cabeça,

não tenho mais travas na mente,

mas ainda tenho medo que me esqueça,

minha insegurança aparece inevitavelmente.

Foi um erro te amar tão fundo assim,

de um oceano que nunca sai,

continuei a me afogar até o fim,

ainda se agarrando ao amor que senti.


Passou, não ligo mais que não ligues,

não ligo em ouvir o que antes não queria,

não me importo em deixar minha alegria,

aos cuidados de uma mão solitária e fria.


Apenas quero saber como andas,

quais os motivos que movimentam teu coração,

se continuas a acreditar na ineficácia do amor,

seguindo sua convicção.


E ao ver as borboletas desfocadas voar,

o vento que toca minha pele e me joga pro lado,

o canto de dor que do peito lhe trago,

o momento contigo que me pareceu parado.


o tempo passou, não vai mais voltar.

você se foi, não tem porque tentar,

eu fui embora, e junto nos desconhecemos,

esquecendo de lembrar o que um dia vivemos...

Ou deixamos de viver.

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