Sabe quando tudo ao seu redor desmorona? Aquela sensação de um vazio enorme e que a vida não faz mais sentido? Você olha ao seu redor a procura de algo ou alguém para se apoiar mais se vê sozinho, sem saída. Pois bem, eu me sinto assim, e para entender o porquê de tudo isso devemos voltar a um ano atrás, onde tudo começou.
Em uma cidade qualquer, um ano antes
Era Dezembro, quase natal, minha época preferida do ano. Estava em meu apartamento terminando de organizar algumas coisas quando meu celular toca e rapidamente eu atendo, já sabendo quem me telefonava.
- Alô, mãe? - Largo o que estava fazendo e me sento no sofá.
- Oi filha, como estão as coisas por aí? - Pergunta.
- Estão ótimas, e não pergunta assim, pois parece que moro a quilômetros de você e só moramos a dez minutos de distância - Respondo divertida.
- Eu sei querida é apenas preocupação, ainda não me acostumei com você morando sozinha.
- Mãe já conversamos sobre isso, sou uma mulher independente e preciso do meu espaço, já tenho vinte e um anos.
Ela da uma pequena risada e escuto um barulho logo em seguida.
- Que barulho foi esse? - Questiono.
- O desastrado do seu pai esbarrando na cômoda outra vez.
- Quem colocou essa cômoda aqui? - O ouço resmungar e sorrio.
- Pois então filha, tem certeza que não quer passar o final de ano conosco no Havaí? Será divertido, nossa família toda vai - Novamente minha mãe faz um apelo sobre esse assunto.
- Ah mãe você sabe que eu queria muito mais infelizmente não posso, meu chefe só me dará férias na véspera de natal, além do mais eu já prometi para Josh que passaria o fim de ano com ele e sua família, eles virão para cá.
-É mesmo uma pena, mais ano que vem você não me escapa. Agora eu tenho que desligar, pois ainda não terminei de arrumar as malas e viajaremos amanhã pela madrugada.
- Tudo bem mãe boa viagem, e diz para o tio Louis não ficar com medo do mar, os tubarões não gostam de gente feia, e manda um beijo para a Fiorina e sua filhinha.
- Pode deixar que darei os recados, tchau filha te amo.
- Também te amo mãe.
Desligo o telefone e volto para a faxina, uma das coisas que realmente não gosto de fazer.
Após terminar os afazeres me jogo no sofá sentindo-me exausta, mas o almejado descanso é interrompido por batidas na porta. Quando a abro vejo Josh, meu quase noivo, parado diante de mim com um sorriso no rosto, nos cumprimentamos com um abraço e o convido a entrar.
Preparei o jantar e passamos a noite assistindo diversos filmes. Já era tarde quando ele teve que ir embora, então tomei um banho e me deitei sabendo que não iria acordar tão cedo.
***
Acordei um pouco tarde no dia seguinte com uma imensa fome, me levanto bocejando e pego um prato o enchendo de torrada com nutella, me sento no sofá cruzando as pernas e ligo a televisão me deparando com o noticiário, noticiário? Era para estar passando desenho animado há essa hora, quando eu ia mudar de canal percebi que era uma notícia urgente.- Já passam de cem o número de mortos do acidente de avião que ocorreu nessa madrugada, o vôo 645 caiu no mar após algumas horas no ar, ele saiu do aeroporto às cinco horas dessa madrugada em direção ao Havaí mais infelizmente não alcançou seu destino - Dizia a moça do jornal.
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Ainda há esperança (Degustação)
EspiritualArya vê sua vida virar de cabeça para baixo quando um acontecimento inesperado muda sua história e ela se vê em meio a tantos desafios, como se estivesse em um beco sem saída. Com tantos acontecimentos ela acaba se tornando uma suicida compulsiva e...