Chegando ao Extremo

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Acordei.Estava vestida e ainda deitada em meio as almofadas. Teria tudo apenas ter sido um sonho ruim? Não sei. Foi a minha primeira vez. Como ele me convencera? 

Preferi ignorar todos esses pensamento e voltar para sala. No corredor, reparei no horário, muitas horas se passaram, mas ainda tinha tempo para fazer a prova de estatística. Entrei na fila com os outros 6 alunos. A prova é individual, e cada vez é uma situação diferente, somos provados até o limite e um pouco mais, para desenvolver nossas habilidades mais profundas.

Chagou a a minha vez, eu não estava nervosa, mas as cenas do que havia acontecido me assombravam. Me colocaram no elevador para ir onde realmente aconteceria a prova. Antes que ele saísse do lugar, me virei novamente para ver o único aluno que ficara atrás de mim. Para minha surpresa, haviam 2. O Léo estava lá, com seu cabelo perfeitamente arrumado. Como se nada  tivesse acontecido. Neste momento lembrei que meus cachos provavelmente estavam todos bagunçados por causa da.... A porta fechou, arrumei o coque rapidamente, não sabia o que estava por vir.

Para minha surpresa era apenas uma sala de escritório, com um bloco com umas 15 folhas. Havia uma calculadora, caneta, lápis e borracha ao lado. Fiquei atenta, algo deveria acontecer a qualquer segundo. Antes que eu fosse capaz de chegar na mesa, o elevador se abriu novamente. Um estranho trouxe um computador, colocou-o sobre a mesa.

Sentei-me, pronta para levantar caso houvesse algum imprevisto. Comecei a resolver os milhares de problemas que a empresa em questão tinha, então as luzes se apagaram. Eu tinha um determinado tempo para resolver tudo. Precisava correr.

Peguei a lanterna do celular e comecei a iluminar para resolver o mais rápido possível. Ouvi tiros. Minha circulação aumentou. É obrigação de todo aluno cumprir com as metas propostas. Para onde eu poderia correr? Havia um armário. Procurei uma fita isolante para evitar que saísse a luz. Corri, me escondi e fechei o armário. Passei a fita. Continuei fazer as contas sob a luz do celular. Meu foco se dobrava, a cada vez que os tiros ficavam mais altos. Fui treinada, não estava com medo. O que mais me preocupava era o tempo.

FOCO. FOCO. FOCO. FOCO.

O alarme tocou. As luzes se acenderam novamente e o trabalho foi entregue. Nada como uma prova para deixar meu dia menos entediante. Felizmente essa era a última coisa que eu precisava fazer na EAPeC. Chovia muito. 

Não havia levado um guarda chuva, então teria que me molhar. O que pra mim não era problema nenhum. Minha casa ficava a 30 minutos, não iria demorar.  Comecei a dar passos largos, até que alguém me colocou embaixo do seu guarda chuva. Pensei ser Vivian me pregando uma peça. Mas era Léo. Eu agradeci.

Andamos o caminho todo. Ele não me disse uma palavra. Me deixou em casa e foi, para algum lugar.

Vivian não deu notícia pelos próximos 10 dias. Léo me levou para casa em todos eles. E a única coisa que ouvia sair de sua boca era:

- Até amanha!


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