Nós vamos andando para sua casa em silêncio. Quando chegamos ela me manda deitar no sofá pega um cobertor e fecha a casa toda.
- Você vai derreter assim - digo.
- Tudo bem - ela fala. - Você está doente, é prioridade.
Não estou com tanto frio a esse ponto. Mas vou deixá-la fazer o que quer.
Ela vem para perto e coloca um pano frio na minha testa.
- Vou cozinhar para você - fala toda feliz.
- Certo. Eu me ofereceria para ajudar, mas não seria de muita ajuda.
Um dia ainda vou comer algo feito por você.
- Arroz conta - ela ri.
- Claro.
- Então pronto - encaro os livros. - Como seu pai está? - pergunto.
- Ele está bem, está internado numa clínica aqui perto, eu fui lá ontem. Perguntei se podia te emprestar os livros.
- Não precisava.
- Mas eu quis, acho um absurdo ser a única a lê-los.
- É um bom ponto. E o que ele disse?
- Ele focou na parte de você ser um menino e me perguntou sua orientação sexual - rio. - E agora ele pensa que nós estamos namorando.
- Pronto. Nem me conhece, e já não gosta de mim - falo rindo.
- Não se preocupe. Não de você você que ele não gosta, ele não gosta de homens no geral - rio mais.
- Podia ter dito que eu sou gay - falo. - Teria evitado isso.
- Mas eu não ia mentir para ele - diz.
- E por que tem tanta certeza que não sou gay? - pergunto.
- Eu não tenho. Por isso disse que não sabia.
- Conveniente. E, mesmo assim, ele não gosta de mim?
- Pra falar a verdade, ele realmente disse, não gosto dele - fala rindo.
- Aish - rio também.
- Ele não devia ser tão radical.
- Não, tudo bem. Se eu fosse ele, também não gostaria de mim - digo.
- Quê? - ela pergunta rindo.
- Você mora sozinha, e, como ele está internado, não pode vir aqui. Ou seja, tem um garoto, da sua idade, possivelmente hetero, vindo a sua casa e ele não sabe o que acontece quando esse garoto está. Se estivesse no lugar dele, eu me odiaria.
- Se concorda tanto com ele eu posso te levar lá. Ele disse que quer te conhecer.
- Eu estou bem, obrigado.
Ela ri:
- Imaginei. Pronto.
- Pronto o quê?
- A comida.
- Já acabou? - pergunto besta.
- Não, eu terminei de temperar o frango - ela ri.
- Ah sim.
- Agora vou cozinhar ele.
- Certo.
- Mas, de qualquer modo, se quiser ler os livros pode. Ele não disse que isso o irritaria.
- É. Ele só disse que não gosta de mim. Por que iria querer que eu lesse seus livros? Não, obrigado. Eu estou bem curioso.
Depois disso fico em silêncio apenas encarando o teto. Até ela terminar e vir até mim.
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Forever - KNJ
FanfictionNamJoon, sempre foi um garoto inteligente. Não só inteligente, mas esforçado e observador. Com seu jeito desastrado e destraído, ele sempre levou a vida de forma tranquila, até guardava o sonho de se tornar um rapper famos. Mas, quando a pessoa em q...