Atenção: o capítulo contém violência física e pressão psicológica.
Depois de visitar seu pai na clínica, as coisas entre mim e a Noona ficaram um pouco estranhas. Agora eu procuro nela qualquer sinal de tristeza sempre que conversamos.
Ela mudou também. Nesse último mês não me chamou para sair nenhuma vez. Claro que sempre conversamos, mas, fora do mercado, as coisas ficaram estranhas.
Tudo bem que logo no começo eu estava refazendo meus resumos - ainda estou na verdade - e precisava estudar, então não tinha muito tempo para sair com ela. Mas agora eu até deixaria de estudar uma tarde para passarmos um tempo juntos.
Vou até ela parando do seu lado para ajudá-la a arrumar uma prateleira.
- Oi, Joonie - fala.
- Oi, Noona - respondo.
E depois ficamos em silêncio. Tem sido assim recentemente, como se quiséssemos falar mas algo nos impedisse. É estranho, porque eu não estou acostumado a dar a iniciativa e ela não faz mais isso.
- Você...
- Algum dos dois idiotas - o gerente a interrompe. - pegue os leites no depósito.
- Pode deixar que eu vou - digo.
- O.K. - ela fala suspirando.
Faço meu caminho até o depósito e pego três caixas de leite. Mais do que isso não acho que consiga carregar então depois volto para pegar as outras.
Vou abrir a porta com as costas mas essa não abre.
- Por que eu fechei isso? - me pergunto.
Coloco as caixas no chão para abrir a porta mas essa não abre.
- O quê? - puxo e empurro com força e não abre mesmo assim. - Não pode estar trancada.
Tento novamente e não cede.
Certo, calma. Eu posso ligar para a Noona e ela abre por fora para mim. É isso, pronto. Nós podemos estar estranhos, mas ela não me deixaria aqui.
Procuro pelo meu celular e entro em desespero ao perceber que não estou com ele. Provavelmente deixei dentro da mochila.
Ótimo.
Bato na porta com força e espero que alguém escute.
- EI, TEM ALGUÉM AI?
Será que dá para me ouvir do outro lado?
- EI - repito e ninguém responde novamente. - Pelo menos de fome eu não vou morrer - falo encarando a comida.
ⓇⓇⓇ
- Já desistiu? - ouço a voz de MinHo, do outro lado da porta, carregada com deboche.
Não é possível.
- Vamos, NamJoon, está começando a ficar sem graça te irritar - ele diz.
Espero que sim. De verdade, espero que sim.
- O que você quer? - pergunto.
- Quero que me diga algo - fala tranquilo.
- Que te diga algo? - pergunto confuso.
- Sim, simples. Você me diz algo e eu destranco a porta.
Ele que trancou a porta?
Suspiro.
- O que você quer saber? - pergunto.
- Não, não, você não entendeu. Não quero saber nada, quero que me diga algo.
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Forever - KNJ
FanficNamJoon, sempre foi um garoto inteligente. Não só inteligente, mas esforçado e observador. Com seu jeito desastrado e destraído, ele sempre levou a vida de forma tranquila, até guardava o sonho de se tornar um rapper famos. Mas, quando a pessoa em q...