Conto de Julia-parte10

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JULIA

Oii gente! Sentiram minha falta? Sou eu! A Julia! De volta pra contar essa historia pra vocês!

Tudo correu normalmente durante o resto da semana, fraldas, mamadeiras, chupetas e muitas brincadeiras. A cada dia que passa, eu me acostumo mais com essa nova vida. Confesso que to começando a gostar de tudo isso.

Domingo vai ter uma festa, e parece que vai ter outras crianças, eu não fazia idéia de que tem outros iguais à mim. Como será que eles são? Será que são legais? Espero que sim. É uma pena a dona Marcela só ter me falado sobre essa festa no sábado, em cima da hora. A boa notícia é que limparam a piscina, parece que eu finalmente vou poder usa-la, não vejo a hora.

DOMINGO

-JULIA...JULIA...ACORDA...

Eu acordo com alguém me chamando e me balançando, era a dona Marcela, quando eu abro os olhos ela fala:

-Julia, meu amor, acorda!

-An? O que foi? Ainda é xedo! - Disse eu meio enrolado por causa da chupeta em minha boca.

-Sim, eu sei, mas logo o pessoal vai começar a chegar! Temos que ser rápidas hoje!

No que disse isso, ela me tirou do berço e desceu comigo no colo, chegando na cozinha, ela me coloca na cadeirinha. E eu, ainda meio dormindo, falo:

-Já vamos tomar café? Você nem me trocou!

-Vamos tocar café primeiro, depois eu te arrumo, okay?

-Okay!

Logo, o seu Roberto apareceu na cozinha, e me deu bom dia acompanhado de um beijo na testa. Enquanto tomávamos café da manhã, o seu Roberto disse:

-Marcela, querida, você convidou todo mundo né?

-Sim, mas nem todo mundo deu certeza que vinha!

-Ah, que pena! Mas e você Julia? Ta anciosa pra conhecer seus novos amiguinhos?

-Sim, não vejo a hora! Tomara que eles gostem de mim!

-É ímpossivel alguém não gostar de você! - Disse a dona Marcela enquanto me dava comida na boca.

Depois que terminamos o café da manhã, a dona Marcela subiu comigo, eu achei que íriamos pro quarto, mas ela entrou direto no banheiro. Dentro do banheiro, ela tirou minha fralda encharcada da noite, e me colocou dentro da banheira com alguns brinquedos.

-Eu to um pouco nervosa! - Disse eu enquanto brincava na banheira.

-Nervosa? Com o quê? - Perguntou a dona Marcela enquanto me esfregava o sabonete.

-E se as outras crianças me acharem chata?

-Haha, isso não vai acontecer! Vocês vão se dar super bem, pode ter certeza!

-Será?

-Você não confia em mim?

-Confio!

-Vai dar tudo certo, meu amor! Agora vamos para o quarto, que eu vou te deixar bem bonita!

Então a dona Marcela me tirou da banheira, me enrolou na toalha e me levou para o quarto, chegando lá, ela me deita no trocador e me coloca uma nova fralda, mas essa fralda era diferente da maioria que ela costumava colocar, era rosa e tinha vários desenhos. Depois de ganhar uma nova fralda, ela me coloca uma calcinha rosa que cobre toda a fralda, depois ela me levanta e me guia até o guarda roupa, lá, ela me veste um vestido rosa bem infantil, e prende o meu cabelo em maria chiquinha, depois me coloca uma meia-calça branca e uma sapatilha branca, e pra finalizar, me passou um pouco de perfume para criança.

-Pronto, ta linda! - Disse ela admirando e parecendo se orgulhar.

-Que horas eles vão chegar? - Disse eu enquanto pegava minha chupeta e colocava na boca.

-Logo, enquanto espera, pode ficar na sala assistindo desenhos, eu tenho que começar a preparar umas coisas!

Enquanto assistia os desenhos, eu ficava a cada segundo mais anciosa, pensando que a qualquer momento a campainha podia tocar. A dona Marcela estava na cozinha fazendo comida e o seu Roberto estava na varanda preparando a churrasqueira.

Ja era lá pelas onze da manhã quando eu ouço a campainha tocar, meu coração acelera no mesmo instante, a dona Marcela, que apareceu arrumada e bem perfumada, vai atender, eu escuto algumas risadas e cumprimentos enquanto olho pra porta. Até que aparecem quatro figuras, a dona Marcela, um casal bem arrumado e aparentemente, bem refinado, tão refinado quanto os que me adotaram, e uma garota. Conforme se aproximavam eu podia vê-los melhor, uma homem alto com uma barba bem feita e muito bem arrumado, e uma mulher com longos cabelos e um lindo vestido. Eles chegaram até mim, o homem se abaixou e disse:

-Olá, Julia, eu sou o tio Jorge, e essa é a tia Clarisse, e essa é nossa filha, Rebeca!

Foi quando eu pude ver melhor a garota, ela é mais alta que eu, tem longos cabelos pretos lisos, e um corpo mais desenvolvido. Está vestindo uma camiseta lilás escrito "Baby", tem uma chupeta pendurada no pescoço por uma cordinha, tambem veste um short preto, onde é possível ver uma pontinha de sua fralda saindo pra fora do short. Assim que eu olho pra ela, a garota me abraça com força e diz:

-Muito prazer, Julia! Espero que sejemos grandes amigas!

-Ergh...eu tambem - Disse eu meio confusa.

-Julia, por que não leva a Rebeca pra conhecer seu quarto? - Sugeriu a dona Marcela.

-Isso, ótima idéia! - Reforçou o pai da garota.

Eu concordei e subi com a garota ao meu lado, quando chegamos, ela olhou tudo muito admirada.

-Uou, seus pais te deram tudo isso? - Disse a garota.

-Na verdade não são meus pais, eu sou adotada!

-Ah, eu tambem sou, e todos os outros que ainda vão chegar!

Essa informação me surpreendeu, então, com uma cara meio surpresa, eu pergunto:

-Com que idade você foi adotada?

-Hummm...deixa eu ver...agora eu tenho quinze...eu fui adotada com onze anos!

-E te transformaram em bebê assim que te adotaram?

-Sim!

-E como foi pra você?

-No começo eu odiei, mas com o tempo eu fui me acostumando, e hoje eu não conseguiria viver de outra forma!

-Sério? Não acho que seja tão simples se acostumar com isso!

-Eu não disse simples! Mas a gente se acostuma com qualquer coisa! A quanto tempo você foi adotada?

-Pouco mais de uma semana!

-Tão pouco? Você ta se acostumando mais rápido que eu, na minha primeira semana eu só chorava e me esperneava, hahaha! Acabou que eu percebi que ficar só chorando me fazia mais bebê, do que aceitar ser um bebê!

-E como é pra você hoje?

-Hoje, eu considero minha vida perfeita, meu pais me amam e eu amo eles, e eu amo ser um bebê! Não ter nenhuma obrigação ou tarefa, exceto as da escola, não ter nenhuma pressão social que eu teria caso ainda fosse orfã.

-Nossa, acho que eu posso amar essa vida tambem!

-Pode, e vai! Eu vou te ajudar! Agora será que a gente pode brincar com esses ursos de pelúcia, eu to de olho neles desde que cheguei!

-Hahaha, podemos sim!

Então nós duas começamos à brincar com os ursinhos, e a garota é uma verdadeira criança, ela brinca e se diverte de forma tão natural.







OII GENTE! DESCULPEM A DEMORA POR ESSE NOVO NOVO CAPÍTULO. NA VDD EU ESCREVI UM CAPÍTULO INTEIRO E APAGUEI DEPOIS POR NÃO TER GOSTADO, ISSO SEM CONTAR OS BLOQUEIOS CRIATIVOS QUE EU TIVE.

MAS ENFIM...ESPERO QUE GOSTEM ;)







Conto de JuliaOnde histórias criam vida. Descubra agora