Ƹ̴Ӂ̴Ʒ Capítulo 2 Ƹ̴Ӂ̴Ʒ

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O dia seguinte do assalto ao ateliê das Bechard, amanheceu nublado e sem graça

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O dia seguinte do assalto ao ateliê das Bechard, amanheceu nublado e sem graça. Depois que tomaram um desjejum frugal, mãe e filha vestiram-se da maneira mais elegante e discreta que conseguiram e partiram empenhadas em busca do empréstimo no banco.

Na tarde anterior, as duas avisaram às autoridades e o policial garantiu que com o depoimento de Mariette eles fariam uma busca incansável até acharem os bandidos. Emmeline olhou para o homem com descrença e percebeu que ele só estava dizendo aquelas coisas porque estava flertando com sua mãe. Revirou os olhos e achou aquilo tudo entediante. Mariette era bastante conservada para sua idade e ainda arrancava elogios e flertes por onde quer que passasse, mas aquele não era o local nem a hora para tais futilidades.

Faltavam apenas dois dias para que o marquês mandasse o encarregado coletar a dívida novamente. Dois dias até que conseguissem colocar suas vidas nos trilhos novamente.

A manhã já estava perto do fim quando as duas entraram desanimadas no quinto banco. Aquele, mais modesto que os anteriores, parecia menos intimidador. Embora os poucos funcionários, todos homens de meia idade, lançassem olhares curiosos, não esboçaram nenhum juízo de valor.

Emmeline ouviu a porta do escritório se abrir e um jovem alto e bem vestido as chamou.

— Por gentileza, senhoras, queiram me acompanhar. — Ele disse e sorriu educado.

— Obrigada. — Emmeline respondeu e sorriu também

Algo na expressão daquele jovem lhe disse que aquele banco seria diferente dos demais e uma pontada de esperança a invadiu.

O rapaz sentou-se atrás da mesa e as duas sentaram-se diante dele.

— Meu nome é Oliver Stockton, em que posso ajudá-las? — Ele perguntou e alternou o olhar de uma para a outra.

Emmeline analisou discretamente o jovem a sua frente e imaginou que ele poderia ter a mesma idade que ela e se fosse mais velho seria pouca coisa.

— Me chamo Emmeline Bechard e esta é minha mãe, Mariette Bechard.

Ela titubeou antes de dizer as palavras temendo ser ridicularizada como havia sido nos estabelecimentos anteriores, mas o homem jovem apenas sorriu de volta, sem indícios de reconhecimento do sobrenome.

— Bem, — Emmeline sentiu as bochechas levemente aquecidas, — estamos aqui porque precisamos de um empréstimo.

O rapaz a olhou nos olhos por alguns segundos e, como se despertasse de um devaneio momentâneo, pigarreou e disse:

— Imagino que tenham a pretensão de iniciar um negócio.

Emmeline sentiu que a esperança estava querendo escapar de seu alcance.

— Nós já possuímos um, Sr. Stockton. Temos um ateliê de costura. — Emmeline esclareceu.

— Oh, isso muito bom, senhorita. Então imagino que queiram expandir suas atividades. — Ele sugeriu.

O Marquês dos Campos de Lavanda (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora