Ƹ̴Ӂ̴Ʒ Capítulo 6 Ƹ̴Ӂ̴Ʒ

73 14 3
                                    


Adam ofegou enquanto subia o aclive com a moça inconsciente em seus braços

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Adam ofegou enquanto subia o aclive com a moça inconsciente em seus braços. A chuva tornou-se torrencial e dificultava sua visão, mas ele conhecia aquele caminho de cor. Estavam quase lá. Apesar de ela ser pequena, as roupas encharcadas acrescentavam vários quilos a mais. Quando um trovão estrondou logo acima de sua cabeça, seu pé falhou na grama molhada da inclinação e ele escorregou e colidiu com um joelho no chão, mas conseguiu manter a desconhecida firme contra seu peito. Fez uma careta de dor e esforçou-se para aprumar o corpo e retomar a caminhada.

— Tommy! — Gritou assim que avistou o seu chalé. — Tommy!

Pouco tempo depois, o ajudante da fazenda abriu a porta dos fundos e assim que seus olhos distinguiram de onde os gritos vieram, lançou-se na chuva para ajudá-lo. Abigail surgiu na porta logo em seguida e levou as mãos à boca, assustada.

Adam irrompeu na cozinha e ordenou:

— Tommy, vá buscar o Dr. Hawkins; Abigail, preciso de sua ajuda. Preciso de água quente e panos limpos.

Abigail lançou um olhar aterrorizado para a camisa manchada de sangue.

— Não é meu, Abi. Não se preocupe. — Respondeu à pergunta muda da governanta e se dirigiu para a sala de estar. — Agora vá pegar o que pedi.

Adam deitou a desconhecida no sofá e agachou-se para averiguar seus ferimentos. O tecido do lado direito estava destruído no lugar do tiro e havia um corte razoável na têmpora esquerda. Ela exibia uma palidez mortal e seus lábios estavam azulados.

Abigail entrou na sala com uma bacia de água fumegante e panos limpos apoiados em seu antebraço.

— O que aconteceu? Quem é ela, mestre Adam? — Perguntou com a voz apreensiva.

— Não sei. — Adam respondeu enquanto analisava a pancada na cabeça dela. Não quis entrar em mais detalhes para não alarmar a criada. — Ajude-me a tirar o casaco dela.

Abigail colocou a bacia e os panos na mesa ao lado do sofá e foi ajudá-lo.

— Tem certeza que ela está viva? — Perguntou quando se aproximou e começou a soltar os botões duplos.

— Sim, já verifiquei o seu pulso. — Adam respondeu e levantou parcialmente a moça, com extremo cuidado para que Abigail puxasse o casaco.

O sangue jorrava do braço e da cabeça da moça e em pouco tempo o sofá estaria manchado de vermelho. A governanta aproveitou e colocou uma grossa manta de lã por baixo dela.

— Coitadinha. — Lamuriou. — Que sina terrível.

— Ela não está morta, Abigail. — Ralhou Adam. — Vamos trabalhar mais e lamentar menos.

— Onde a encontrou? — A governanta insistiu. — O que causou esses ferimentos?

— Eu a encontrei no bosque de Hawthorne Lane.

O Marquês dos Campos de Lavanda (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora