Capítulo 2 - Lis

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Na manhã seguinte, acordei um pouco deprimida depois de sonhar com meu pai, falecido a alguns anos e senti que precisava respirar ar puro

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Na manhã seguinte, acordei um pouco deprimida depois de sonhar com meu pai, falecido a alguns anos e senti que precisava respirar ar puro. Então, coloquei um biquíni, desejando desesperadamente ir à praia.

Crescer em uma cidade litorânea me fez aprender a apreciar a natureza e a desfrutar de tudo que ela me oferecia. E o melhor calmante do mundo para mim, sempre foi contemplar a imensidão azul do mar e me banhar na salgada. Quando mergulhava, me sentia como se estivesse em um mundo onde só existisse paz e tranquilidade.

Olhei-me no espelho e fiquei assustada ao ver meu rosto inchado por chorar durante a noite. Penteei meus cabelos rapidamente, os prendendo em um coque bagunçado e segui até a cozinha para tomar meu café da manhã, louca para sair o mais rápido possível.

- Lis? - Geórgia me chamou da cozinha.

- Oi, Geo. Estou indo até você - gritei, caminhando ao seu encontro.

- Você está bem, querida? Alysson me contou o que houve com sua mãe ontem - perguntou, analisando-me preocupada, procurando por algum sinal em meu rosto que entregasse que eu não estava bem.

- Estou bem. Ontem foi tudo muito assustador, mas graças a Deus não foi nada grave - respondi, sentando-me ao seu lado na mesa.

Geórgia era sempre muito educada e preocupada comigo. Ela vivia me paparicando e Alysson brincava dizendo que sentia ciúmes, pois sua mãe me agradava demais. Acho que Geo fazia isso por se sentir responsável por mim e para suprir um pouco a falta que eu sentia da minha família. Eu a considerava como uma segunda mãe, conversávamos muito e adorava ouvia seus conselhos. Sem dúvidas era esse carinho que me dava forças para continuar vivendo longe daqueles que eu tanto amava.

- Bom dia, Lis. - Alysson surgiu toda empolgada e me agarrou pela cintura. - Preciso conversar com você sobre aquela festa - falou, abrindo um sorriso malicioso.

- Ah... Nem vem, Alysson! Já disse que não vou - respondi, acenando negativamente com a cabeça.

- Por favor, florzinha. Vai ser muito legal. Prometo me comportar direitinho. - Ela me olhou com um olhar pidão e beijou seus dedos indicadores como forma de selar sua promessa.

- Desiste, coração. Sou vacinada contra suas chantagens emocionais - falei saindo do seu abraço e sacudi a cabeça sorrindo.

Alysson me olhou com um semblante indignado e ainda sorrindo de suas gracinhas, me afastei, indo em direção aos fundos da casa onde havia deixado minha bicicleta.

***

Santa Mônica era uma cidade apaixonante e com um clima muito parecido com o Brasil. Porém, eu precisava ser honesta e confessar que no começo estranhei um pouco as praias daqui. Elas eram muito longas até chegar ao mar e como a Califórnia é banhada pelo oceano Pacífico e o Brasil, pelo Atlântico, o mar é gelado e com o vento um pouco forte. Só quando parei com as comparações, foi que passei a aproveitar muito mais o que Los Angeles tinha a me oferecer, e olha que não era pouca coisa.

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