Sol

3° Capítulo

Uma pessoa será tão feliz quanto sua mente decidir.
Abraham Lincoln

A vida continuava mesmo depois de prestar aquele vestibular do qual eu já falei que mudaria minha vida. Nisso eu acabei esquecendo que faltava apenas um mês para toda correria de fim de ano, viárias comemorações. Adoro essa época.

Continuei indo para as aulas todas ótimas até mesmo as que eu tinha mais dificuldade, acho que era a época que animava as coisas sabe, tipo natal, as luzes, a decoração, tudo na verdade.

Mas chegava a época em que eu sairia do ensino médio, deixaria minhas amigas para trás e seguiria meu caminho, meu destino. Lutaria ainda mais pelos meus objetivos.

Chega de devaneios por hoje, tenho que terminar essas atividades e trabalhos do último período escolar.

-Kemilly vamos logo acabar com esse trabalho de história e as minhas atividades já estão feitas- falo antes de começar com os meus devaneios novamente.

-Tá bem Sol, por favorzinho me empresta tuas atividades rapidinho- a garota pede toda manhosa.

-Não entendo o que você faz pra nunca concluir nenhuma atividade, sinceramente -falo super indignada- você deveria se esforçar mais, acho que sabe que dessa forma nunca vai entrar em uma faculdade boa.

-A menina deixe de coisa, sabe que quando eu entrar em uma faculdade eu vou me esforçar e essas atividades são fichinha-fala toda irritada.

-Nossa se você ta assim com umas atividades fichinhas como a senhorita mesmo diz, imagina quando pegar as atividades pesadas de uma universidade né- digo só pra irrita-lá mais ainda.

-Vai emprestar ou vai ficar humilhando?  Se for eu peço pra outra pessoa da nossa turma- que vontade de rir que eu tenho, mas me contenho.

-Tá, tá menina pega logo essas atividades antes que você morta de tanta irritação- explodo em gargalhadas.

-Não estou irritada e não faço mínima idéia do porquê de você estar rindo sua idiota, e vamos terminar logo esse trabalho- ela diz

- Ok dona mandona- falo ainda rindo da cara dela.

Depois de um tempo terminamos o trabalho e estudamos mais um pouco, ela até fez um lanche pra gente, certo que foi com os ingredientes da minha casa, mas é um progresso minha gente, pois essa daí morre de preguiça. Porém a fome falou mais alto.

-Sol.

-Humm.

-To morta você está também?

-Um pouquinho Kem, que você quer te conheço- viro o rosto pra observa-lá.

-Humm uma coisinha que quero sei lá, bater uma idéia-fala rindo, porém um riso sincero de cumplicidade.

-Pois fale dona Maria sou toda a ouvidos.

-Estou com medo sabe do futuro, das coisas que estão por vir, tipo a gente vai se separar cada uma pra um canto, não vamos mais nos ver com frequência, se eu não conseguir entrar em uma universidade o que vai ser da minha vida?  Eu tenho minhas ambições como cada uma de nós do nosso quarteto, mais as vezes parece que eu não faço nada pra alcançar essas ambições, esses objetivos. Estou com medo de enfrentar o mundo, irônico porquê eu sempre falei que iria conquistar a droga desse mundo e agora estou com medo dele, dói isso Sol.