Bônus I

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*Mensagem de texto de Regina Mills*

"Precisamos conversar. Na minha casa às 20h".

- Sério? - murmurei para o meu celular.

- O que foi? - minha mãe perguntou da cozinha, onde estava preparando a mamadeira do meu irmão, Neal, e me olhava entrar em casa com o telefone na mão.

- Regina acabou de enviar um "precisamos conversar", mas acho que falta uma parte da mensagem porque aqui não diz sobre o quê.

Minha mãe ri.

- Até parece que você não a conhece. Ela ama bancar a misteriosa.

Assim que ela termina de falar, a porta do apartamento se abre e Henry entra correndo, vindo direto abraçar a minha cintura.

- Mãe!

- Garoto, o que está fazendo aqui? - eu pergunto abraçando-o de volta. - Sua mãe vai me matar quando descobrir que você fugiu de casa de novo.

- Não vai. E eu não fugi. Ela ligou para o Archie e pediu que ele me deixasse na delegacia depois da terapia, mas você não estava, então eu vim com o vovô.

Eu olho para o meu pai que entrou logo depois do Henry.

- É verdade. - Ele disse, me dando um beijo na testa e indo na direção da minha mãe. - De acordo com o Archie, a Regina autorizou que ele dormisse aqui hoje mas proibiu doces à noite e ir dormir muito tarde.

- Está falando sério? - perguntei e meu pai assentiu.

- Hmm... Acho que você tem um encontro hoje, Emma - minha mãe zombou.

- Engraçadinha - eu disse a ela e me virei para o Henry. - Certo, garoto. Já para o banho e não deixe suas roupas espalhadas por qualquer lugar.

Henry obedece e some escada acima, no minúsculo apartamento de Mary Margaret. Eu me sento no terceiro degrau, relendo a mensagem e tentando imaginar que assunto tão sério Regina teria para tratar comigo que a faria dispensar até mesmo Henry. Bem, se eu tivesse que adivinhar, tendo em vista que não tivemos mais tempo de conversar - ou mesmo de nos ver - depois de nos declararmos uma para outra na kripta, por estarmos ocupadas lidando com o trio do terror - Malévola, Cruella e Úrsula - e que o Robin Hood estava de volta à cidade com Zelena, que havia se passado por Marion para entrar novamente em Storybrooke e esperava um filho dele, eu diria que, provavelmente, ela vai voltar atrás em tudo o que disse e vai dizer que não há a mínima possibilidade de continuar com o que quer que tenhamos começado.

- Emma, em vez de ficar aí criando teorias malucas, você deveria colocar uma roupa bem bonita e ir até lá descobrir o que ela quer - minha mãe sugere.

- Eu não estou criando teorias malucas. - Ela e o meu pai me encaram, entediados. - Está bem, eu estou criando teorias malucas. Mas, é porque eu quero estar preparado para qualquer coisa que...

- Emma! Vai! - minha mãe aponta com a cabeça para o andar superior. Eu abro a boca algumas vezes para continuar argumentando, mas acabo desistindo.

Na hora marcada, eu estaciona o meu carro diante da casa da prefeita e respiro fundo antes de descer e andar na direção da porta da mansão. Quando estou pronta para tocar a campainha, a porta se abre e Regina me encara.

- Está atrasada. - ela diz.

- Um minuto e meio não é atraso - eu respondo e ela se cala, me dando tempo para olhar para ela. Um vestido vermelho, justo ao corpo, destaca todas as suas curvas e, o comprimento um pouco acima dos joelhos, deixa as pernas bem torneadas à mostra. Obviamente ela foi ao cabeleireiro, pois o cabelo está impecável. E a maquiagem, como sempre, está perfeita. - Minha mãe tinha razão. Realmente trata-se de um encontro.

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