Candies✾

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— Já podemos pedir doces agora? É meia noite e quinze! — Eddie falou sacudindo Richie pelos ombros. — Íamos de qualquer jeito sendo que nossa amiga morreu, agora vamos deixar de ir por causa da chata da Íris? Não né!

— Nós já vamos sim Eds. — Richard respondeu ao ver os outros quatro losers saindo da casa de Lilia e se aproximando deles.

— Finalmente! Vamos pedir doces agora? — Bill sorriu e assentiu com a cabeça. Todos tinham bebido pra caralho, com exceção de Richie que sabia que a bebida não iria confortar a perda da amiga. Bebeu só um copo ou dois.

— Não preferem mesmo ir pra casa? Vocês tão tipo, muito bêbados. — Richie falou enquanto caminhavam pelas ruas. Ele estava abraçando Eddie de lado pela cintura enquanto o garoto tinha o braço em volta do seu pescoço, andando com um pouco de dificuldade pela bebedeira. Stanley carregava Bill do mesmo jeito, apesar dos dois terem bebido Stan ainda estava mais sóbrio. Mike e Ben estavam normais, as vezes riam feito doidos, mas conseguiam caminhar bem.

— Eu já te falei que eu quero pedir doce! — Edward se aproximou do ouvido do maior. — Mas o doce que eu quero de verdade tá no meio das suas pernas, Chee. — Sussurrou fazendo o outro se arrepiar.

— Você não sabe o que tá falando, para. — O maior reclamou. Sabia que Eddie se arrependeria depois.

Passaram por várias casas pedindo "doces ou travessuras!", na maioria das vezes Mike e Ben faziam uma dança engraçada ao estilo pasta de amendoim e geleia, o que rendia muitos doces.

Richie desistiu de levar os amigos pra casa, naquele momento difícil era melhor deixar eles se divertirem, apesar de bêbados.

Teve umas duas vezes que Stan fingiu tocar piano no ar. Nas duas vezes eram velhinhos que reconheceram na hora o tal "Bill Evans". Ganharam vários doces também.

Bill fingiu morder o pescoço de Eddie, que caiu no chão. E, esse foi o final da noite. Todos com os sacos cheios de diversos tipos de doces.

Eddie tinha um pirulito de cereja na boca. Eles estavam correndo pra pedreira. Não, eles não iriam se jogar, provavelmente morreriam se tentassem no estado em que estavam. Apenas sentaram nas pedras perto do rio Barrens, saboreando alguns doces.

— Quantas pessoas morreram? — Stanley perguntou. — Esse novo assassino em série, quantas pessoas ele matou?

— Sei lá, várias. Tenho certeza que nem todos os corpos foram descobertos. — Disse Ben. — Sempre tem mais um e mais um.

— Das pessoas que conheciamos foram Beverly, Íris.. — Eddie começou. — A velha da loja..

— Velha da loja? — Mike perguntou.

— E-eu vi a manchete no jornal. — Respondeu. Todos estavam muito mal por Bev, mas agora não parecia ser importante.

— A-acham q-que e-el-ele vai q-q-querer m-matar a gente t-t-tam-também?

— Talvez, quem se importa? — Richie deu de ombros. — A vida é uma merda de qualquer jeito.

— Concordo, ainda mais sem a Beverly. — Ben suspirou.

O clima só não estava tenso por que eles riam. Bêbados demais pra ligar. Bêbados demais pra chorar e se lamentar. Estavam bem, ao menos pensavam que sim.

— Vamos brincar de esconde esconde? — Eddie sugeriu. Todos gostaram, sorriram e assistiram, adentrando a floresta que tinha ao lado da pedreira. Já era passado das duas horas da manhã, era pra estarem em casa. Mas ninguém se importou. Edward colocou o braço em uma árvore e escondeu o rosto ali. — Até dez! Um, dois, três..

✾the dark side of red✾Onde histórias criam vida. Descubra agora