CAPÍTULO 1- O imprevisto

16 1 0
                                    



Meu nome é Apolo,é exatamente igual ao Deus greco-romano,minha mãe adorava mitologia grega,então ela resolveu me nomear assim.Confesso que amo muito esse nome,porque ele combina com a minha personalidade.

Sou um dos estudantes da famosa escola Greenwich, o lar dos gênios, dizem as pessoas. Todos ficam impressionados quando eu passo utilizando o uniforme verde e preto daquele colégio. O nível de importância que as pessoas dão a esse uniforme, é comparável a um fardo. Provavelmente você deve estar pensando que eu sou muito inteligente ou rico, já que a escola é muito bem avaliada, e apenas os que tiram 100% na prova de seleção podem estudar gratuitamente, ou então você paga por hora que pisa neste lugar. Um absurdo? Talvez... Mas não tanto para os grandes poderosos que estão pagando por isso.

Mas vou revelar como tirei 100% para que não me achem o espertão.

Eu tenho um talento, um dom. Eu descobri isso quando eu ainda era criança. Se lembra de toda aquela conversa de não relar na tomada e não sair em dias chuvosos? Eu era uma criança estranha, porque eu nunca fiz isso. Minha mãe se orgulhava pelo fato de eu ser muito obediente, mas na verdade eu não era.

Era um dia chuvoso e minha mãe estava fora de casa, eu resolvi sair para ver como seria ficar em um dia chuvoso. Então sai, peguei minha capa de chuva e fiquei embaixo das gotas de água, mas acho que acabei me empolgando e fui para a rua. Para o meu azar a chuva estava forte demais, mas mesmo assim eu continuei a andar pelas ruas encharcadas pela enchente.

Eu estava carregando as minhas chaves, segurando-as firmemente para não as deixar cair, porém fui desatento e elas escorregaram da minha mão e caíram naquele amontoado de água suja e lamacenta.

Eu não podia perder as chaves, eu nem devia estar lá... Eu tinha que correr e buscar a chaves antes que elas entrassem no bueiro. Então corri o mais rápido que pude para alcança-las, mas foi em vão. As chaves escorregavam velozmente pelas ruas e me fazia parecer lento demais.

Meu coração palpitava, estava com medo de não achar o caminho para a casa, não sabia o que fazer, mas por alguma razão, não conseguia parar de correr, parecia que a adrenalina movia as minhas pernas e não mais eu.

Finalmente consegui chegar até as chaves e as alcancei. Mas eu já estava muito longe de casa. Aquela água era perigosa, podia estar carregada de bactérias.

Resolvi procurar informação com alguém para voltar para a casa, mas foi nesse momento que cai em um buraco.

Eu não conseguia retornar à superfície, sentia minha respiração cada vez mais lenta e meus braços ficaram cansados, então eu afundei.

Eu não estava mais desesperado, eu já sabia que eu estava morto, ninguém sairia em um dia chuvoso, muito menos em um dia de enchente, em outras palavras, eu estava condenado a um destino sem volta.

A visão foi escurecendo, eu estava muito desesperado e por isso não parava de respirar a água.

Nos fazemos o nosso destinoWhere stories live. Discover now