A Última Guerra

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PORTO REAL

Trombetas foram tocadas nas torres de vigilância, gerando pânico em todos na capital, fossem guerreiro, fosse camponês. Nas ameias de Porto Real, as ordens começaram a serem dadas.
- Preparem-se! - Gritou Euron Greyjoy.
As enormes balestras foram apontas todas para o horizonte, de onde o nevoeiro se tornavam cada vez maior. As muralhas da cidade receberam nos últimos dias o reforço das armas que antes equipavam a Frota de Ferro. As balestras navais eram mais potentes do que as que protegiam a cidade, uma vez que no mar, provavelmente o aval estaria distante. Haviam mais de sem escorpiões distribuídos nos muros, e mais algumas dezenas ao redor da Fortaleza Vermelha. Não havia exército no mundo que conseguiria invadir a cidade, mas isso não se aplicava aos mortos.
A centenas de metros foram se revelando figuras humanoides, quatro ao todo. O quatro Vagantes cessaram os passos, e inexplicavelmente, o nevoeiro parou de avançar ao mesmo tempo. Os vagantes estavam separados por dezenas de metro um do outro, e analisavam as muralhas da cidade.
- O que estão fazendo? - perguntou a si mesmo Verme Cinzento, vendo tudo de cima do Portão Velho.
- Devemos atirar senhor?
- Ainda não. - respondeu Euron Greyjoy. - Filhos da puta. - resmungou.
Lentamente mais e mais figuras começaram a sair da neblina, incessavelmente. Os olhos dos que via a cena estavam arregalados, sem acreditar no tamanho do inimigo.

Do topo da Fortaleza vermelha, as reações não eram diferente, todos estavam apavorados com o que viam, somente Arya e Cão já tinham visto o exército monstruoso.
- Desgraçados. - Clegane arfou.
- Minha Rainha. - Qyburn se aproximou. - Devemos descer para Fortaleza de Maegor.
Cersei não respondeu, não conseguia tirar o olho do enorme exercito ao horizonte, que não parava de crescer.

A tensão ainda era grande nas muralhas, finalmente todo o exército inimigo foi revelado, e era ainda maior do que o enfrentado em Winterfell. Verme Cinzento não pode deixar de notar que irmãos imaculados mortos no norte, agora faziam parte das forças inimigas, assim como Dothrakis e seus cavalos. A extensão da linha de frente do exército inimigo possuía facilmente meio quilômetro. Um enorme silêncio tomou conta da região da Baía do Água negra, só se ouvia o sopro do vento gélido que tomava aquela tarde, ambos os inimigos, vivos e mortos, se encaravam, aguardando quem faria o primeiro movimento, e ele veio do lado Norte.
Repentinamente os Mortos começaram a correr em direção de seu alvo. Milhares de Dothrakis e seus cavalos mortos tomaram a frente da investida.
- Arqueiros!
Os milhares de arqueiros na extensão norte das muralha, do Portão dos Deuses ao Portão de Ferro, mergulharam suas flechas em piras, as incendiando.
- Ao meu sinal! - notificavam os líderes de regimento.
Concentrados no inimigo a sua frente, ninguém viu que morte veio do céu. O som do ar cortando anunciou a chegada do dragão de gelo.
- Em cima! - gritou Harry Strickland.
O dragão moribundo já com as chamas azuis na sua boca se preparava para despejar a morte, mas fora impedindo pela Rainha de Meereen. Drogon se chocou contra o irmão e a batalha de fogo, dentes e garras fora iniciada.
Nas ameias muitos agradeceram ao deuses pelo surgimento da Mãe de Dragões, mas rapidamente voltaram a atenção para os inimigos que vinham a cavalo.

Na Fortaleza Vermelha Sansa olhava aterrorizada para o embate entre dragões no céu da cidade, diferente de Qyburn que olhava com certo fascínio em ver uma Dança do Dragões em sua frente. Um rugido ensurdecedor assustou-os, Jon e Rhaegal passaram como um tempestade por sobre a torre, em direção a frente de batalha para ajudar Daenerys. Sansa apertou a mão de Arya e as duas rezavam internamente pela segurança do irmão.

- Fogo! - milhares de flechas flamejantes tomaram conta do céu, atingindo seus alvos como raios.
- Preparar... Fogo! - repetiu-se o comando, e novamente uma chuva de pontas caiu sobre o inimigo.
O resto do exército inimigo vinham atrás, em um volume massante. Mesmo o enorme número de flechas disparados a cada dez segundos não era o suficiente, devido ao forte vento, muitas chegavam apagadas em seus alvos, não servindo de nada.
- Escorpiões! - gritou Euron, e as enormes flechas tiveram sua pontas banhadas a óleo e incendiadas rapidamente. Cada balestra tinham sete homens atuando, dois responsáveis por munir a arma, dois por manusear a mira do pesado corpo, um por passar o óleo e outro por incendiar a ponteira. - Fogo!
O pesado som do disparo era ensurdecedor, e a velocidade e força mais impressionantes ainda. Em fração de segundos os escorpiões chegaram a seus alvos, cada flecha rasgando dezenas de corpos, provocando uma explosão de chamas por tamanha a força quando se chocava com o solo. Apesar da potência absurda, mesmo com meia duzia de homens por trás de cada balestra, elas demoravam um tempo precioso para serem carregadas e engatilhadas, tempo que podia custar caro.

The Last War - Game Of ThronesOnde histórias criam vida. Descubra agora