Frutas ✽ Dez

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- Eu jurava que a gente ia ficar num hotel. Só que aí, a gente estava seguindo o guia pra dentro do lugar onde a gente ia ficar. Aí, de repente, eu vejo um monte de barracas gigantes uma do lado da outra com um número na frente. Aí eu pensei: "Não, tudo bem. A gente vai ficar naquela casa que eu estou vendo ali.". Só que o guia virou pra mim e disse: "Vocês vão ficar na barraca 10". – Camélia contava animadamente fazendo todos nós rirmos, enquanto tomávamos o café da tarde no pergolado em frente á casa principal. Ela era bailarina e quem a visse poderia perceber que seus gestos eram sempre os mais delicados possíveis. O que impressiona a todos desde sempre, pois as palavras que saiam de sua boca tinham tudo, menos delicadeza. – Eu olhei assim pra Dália e falei: "Você está plenamente enganada se acha que eu vou dormir na terra.".

Estávamos todos sentados na mesa de doze lugares, cada qual no assento de sempre. Tio Min e tia Violeta nas pontas, minha mãe no canto, eu ao seu lado e Marjorie depois de mim, Áster a frente de mamãe e Camélia e Nardo no meio. Nam Joon estava de intruso entre Áster e Camélia quase morrendo de tanto rir.

- Qual o problema, Camélia? Você não disse que queria apreciar a natureza ao máximo? Esse é o máximo. – Diz Nardo provocando a irmã gêmea. Ele sempre foi o brincalhão da família, aquele que irritava todo mundo ao máximo sempre. Ele podia muito bem fazer os papeis de bad boy dos filmes hollywoodianos, já que sua aparência se encaixava no perfil. Olhos azuis piscina, cabelo negro como o da mãe e rosto escultural como o pai. Mas, por incrível que pareça, ele nunca foi de chamar atenção para si mesmo. Por isso, o instrumento que escolheu combinava perfeitamente com ele.

Bateria.

Mas talvez seja por conta disso que ele é um pouco animado demais.

- Mas isso é muito máximo pra mim. – Ela responde indignada nos fazendo rir ainda mais.

- Que bom que você gostou então. – Digo rindo.

- Se a Camélia achou um máximo, então eu tenho que ir. – Diz minha mãe que tinha chegado junto com os outros primos. Marjorie e eu não saímos do lado dela por um segundo sequer.

- NÃO FOI ISSO QUE EU QUIS DIZER GENTE!

Gargalhada geral.

- Ai minha barriga. – Diz Marjorie se recompondo.

- Eu não consigo respirar. – Diz Nam Joon com a mão apoiada no estômago.

- Você não pode morrer, Nam Joon! – Diz Dália, de repente séria.

A caçula a família Kang que só se importava com uma única coisa: Seu cabelo. Desde que começou a tocar harpa, ficou assim. Dizia que a ajudava a se sentir mais como uma verdadeira harpista, coisa que nenhum de nós ligava porque a maior diversão do dia era amarrar o cabelo dela na cabeceira da cama já que seu comprimento era de quase duas Dálias quando éramos crianças.

– A nação inteira vai caçar a gente se você morrer.

- Verdade, Dália. – Diz tio Min, de repente sério. – Todo mundo. Parou!

Todos fecham a boca, mas bastou um olhar trocados entre Áster e Nam Joon para eles começarem a rir de novo.

- ÁSTER! - Exclama o tio Min tentando ficar com raiva, mas estava rindo tanto quanto eles.

- Eu não estou fazendo nada, pai. - Defende-se o rapaz com uma careta engraçada que se formou ao tentar segurar o riso e Nam Joon gargalha ainda mais.

- Aqui os aperitivos. – Chega tia Violeta depois de um tempo com um prato cheio de nozes diversas e várias frutas cortadas em pedacinhos.

Dou um gritinho de alegria quando vejo o amendoim e não hesito um segundo sequer, antes de atacá-lo.

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⏰ Última atualização: Mar 25, 2020 ⏰

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APENAS PALAVRAS - KIM NAM JOONOnde histórias criam vida. Descubra agora