FÉRIAS PRAZEROSAS NA FAZENDA

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Nas férias de julho fui convidada pela minha amiga de faculdade, Joice, a juntar-me a ela numa visita a fazenda de seus avós no interior de Minas Gerais. Mesmo ela me explicando que ficaríamos por lá praticamente por todo o período das férias eu me animei a acompanha-la, pois afinal de contas, eu estava mesmo precisando espairecer minha cabeça após terminar semana passada um relacionamento de quase 10 anos com Roger.

Se eu permanecesse na cidade aquele canalha iria me procurar querendo reatar. E eu já estava cansada daquela ladainha de que ele não iria mais me trair. 

E desta vez o safado abusou da minha paciência. Flagrei o filho da puta comendo minha ex-melhor amiga no apartamento dele. Estavam os dois embolados urrando que nem cachorros no cio na cama king size que havíamos parcelado em 12x no cartão. Dei um berro diante daquela cena escrota. Roger deu um pulo para trás saindo dela ainda pingando porra para correr atrás de mim. 

Dei um solavanco nele e fugi dali. Passos apressados em direção ao carro de Joice que me aguardava, pois eu havia ido lá para buscar o fone de ouvido que havia esquecido na noite anterior. Joice ao ver minha face retorcida de raiva  e mais vermelha que um pimentão, não perguntou nada e apenas saiu cantando pneu.

-Cara, nem acredito que aquele embuste fez isso de novo com você! - Joice fechou o punho esquerdo no volante do carro. - Agora chega, né Gisele? Você não merece esse tipo de homem!

- Maldito filho da puta! - levei as mãos no rosto enxugando as lágrimas que caiam sem parar. - Chega! Chega! Não suporto mais essas humilhações. Você nem imagina de quem era a buceta que ele estava lá esfolando! - eu falava com os olhos grudados na estrada.

-Quem é a vagabunda da vez? - ela parou no semáforo que estava apontando a luz vermelha.

Acendi um cigarro e soltei uma baforada longa antes de ter coragem de lhe contar.

- A Ludmilla! Minha "melhor" amiga. - ironizei.

- O que? - Joice levou a mão a boca incrédula. - Eu não posso acreditar nisso! Mentira, Gi!. - ela virou para mim.

- Pura verdade. Gritando e rebolando igual uma puta louca. - desarmei logo em seguida num choro convulsivo, enquanto Joice arrancava direto para o seu apê.

E desde esse dia Roger tem insistido em falar comigo, como agora por exemplo, que são 10h da manhã e eu já tenho 55 mensagens e 90 ligações do canalha. Olhei para a tela do celular rindo da cara de pau dele. O miserável não tem mesmo um pingo de vergonha.

Pois ele que fique aí tentando em vão falar comigo, pois não vou atender e muito menos pagar aquela prestação da cama.

Ele que se vire.



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