Capítulo 4

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-Já pisou numa fazenda antes, minha neta postiça? - o velho homem perguntou-me olhando minhas coxas desnudas pelo retrovisor.

- Sim, vozinho. - eu disse, abrindo um pouco as pernas para que ele visse como minha buceta estava atochada naquele shortinho que eu usava sem calcinha. - E confesso que meu sonho é abandonar os agitos da cidade para morar numa roça. Quem sabe esse sonho não vire realidade no futuro, né?

-É verdade, vô, - Joice irrompeu. - Gisela é apaixonada por fazendas. Inclusive ela queria ter sido veterinária, só que não coneguiu pontuação, daí acabou fazendo jornalismo.

- Nossa... - o vozinho tornou a encarar-me pelo retrovisor, agora em direção da buceta visivelmente marcada pelo short apertadinho. - Mas não desiste de tentar pois "ocê"  é ainda muito nova. Dá pra "tentá ortraveiz". 

-Sim, quero tentar, mas não estou tão nova assim não, vozinho. Tenho 26 aninhos. Só vou mexer com isso mais uma vez, se não der certo daí eu sossego o facho e invisto no jornalismo.

-Ora, "ocês" jovens de hoje desiste rápido demais das coisas.  Mas não "vamu" falar disso pelo menos durante essa estadia "docês" lá em casa, né meus pitelzinhos.  - ele já foi logo mudando de assunto. - Gisela, minha filha, tenho absoluta certeza que "ocê" vai gostar tanto da nossa fazenda que "num" vai querer sair de lá. - ele ria com gosto.

- Ô vozinho, não atiça não, porque senão eu peço para morar lá com vocês, hein.

- Ixi! Olha só o que eu fui arrumar. E agora quem irá comigo para as baladas? - Joice falava fingindo indignação, fazendo-nos gargalhar.

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