06. A verdade

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Boa leitura

Lauren POV.

Eu estava no meio da rua, cercada por um grupo de pessoas que perguntavam se eu estava bem, o que havia acontecido, se eu estava ferida.

No entanto, minha mente estava focada em como Camila tinha feito aquilo. Como ela conseguiu parar um carro com a palma da mão? Será que ela se machucou?

Depois, entrei no carro do meu pai, que estava mexendo no celular e não percebeu o que havia acontecido.

- Filha, aconteceu alguma coisa? - Perguntou ele, notando meu estado de choque.

- Eu quase fui atropelada e você nem viu. Eu quase morri. - Respondi, incrédula, olhando para ele.

- Quando foi isso? - Indagou ele, agora preocupado.

- Agora! Ali, há uns cinco minutos. - Apontei para a rua, onde as pessoas ainda discutiam o que havia acontecido. Todos estavam intrigados com a marca da mão na porta do carro e como eu estava ilesa.

Como era possível? Camila simplesmente surgiu do nada e parou o carro com a palma da mão. Era difícil acreditar naquilo, e as perguntas sem respostas só aumentavam a confusão.

- Você está bem? Não quebrou nada ou se machucou? - Meu pai perguntou, examinando meu corpo em busca de ferimentos, enquanto passava a mão na minha cabeça.

- Não, mas poderia ter quebrado alguma coisa. Poderia estar morta agora. A Camila me salvou. - Respondi, relembrando a cena dela parando o carro diante dos meus olhos.

- Camila? A filha do meu amigo do hospital? - Perguntou ele, surpreso.

- Sim, ela mesma. É minha amiga.

(...)

Quando meu pai estacionou o carro na garagem, saí e entrei em casa. Me deparei com minha mãe espantada, sentada no sofá. Ao perceber minha presença, ela correu para me abraçar.

- Meu amor, você está bem? Machucou-se? - Perguntou, desesperada, passando as mãos em meu rosto.

- Sim, mãe, estou bem. - Respondi, sorrindo fracamente. - Não me machuquei, fique tranquila. - Ela assentiu várias vezes rapidamente e logo me puxou para um abraço apertado.

- Mas como você não se machucou? Não foi atropelada? - Indagou, sentando ao meu lado no sofá e acariciando minhas mãos.

- Não, mãe. - Neguei. - Camila chegou bem na hora que o carro perdeu o controle. Ela pulou em cima de mim e nos jogamos do outro lado da rua. - Menti descaradamente. Talvez ela pensasse que eu estava atordoada ou tinha batido a cabeça, se contasse a verdade. Era melhor dizer aquilo e não deixá-la assustada se eu revelasse a verdade, pensando em internar-me por precaução, pois poderiam pensar que eu estava ficando louca com o choque.

- Que bom, filha, me sinto aliviada. Camila é uma boa garota, vejo que se preocupa com você, que se importa. - Sorriu enquanto me observava.

- Sim, mãe, ela é uma boa amiga. - Disse, saindo do sofá. Beijei a testa dela e, sem mais delongas, fui para o meu quarto tentar raciocinar sobre tudo o que acabara de acontecer.

Camila POV.

Após correr da escola em alta velocidade, estacionei meu carro na garagem e fui direto para o quarto, sem cumprimentar ninguém em casa.

Fechei a porta com força, me joguei na cama e comecei a apertar o travesseiro com toda a força, descarregando toda minha raiva nele.

- Está tudo bem aqui? - Perguntou minha mãe batendo na porta antes de entrar.

A Saga CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora