4 - Velhas amizades, antigos amores

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E para a decepção de Anita, não, elas não foram de moto. Como combinada, após a aula, Luana estava buzinando para ela, a ruiva estava sentada no banco do motorista do carro do pai, até porque ela mesmo não queria ter que sofrer essa tortura de levar a mulata tão agarradinha nela.

- Vamos. _ Anita diz assim que entra no carro, sorrindo docemente para a outra. – Falei com Samuel, ele vai transformar aquilo em uma festa de boas vindas para mim. Desculpa.

- Não tem problema. _ A mais nova dá a partida. – Meus amigos são legais, e alguns são irmãos mais novos dos seus, assim como eu...

- Ah, não. Nem fala isso. _ Luana sorri, mas então encara a outra quando para no sinal vermelho. – Você não vai pensar assim quando estiver com a cabeça entre minhas pernas me chu...

- Anita! _ O rosto da garota estava vermelho, tamanha era sua vergonha, mas não pode negar que gostou de ouvir aquilo, a pontada gostosa entre suas próprias pernas que o diga.

- Você está começando a entender as coisas, Luana, começando a entender.

Depois disso e a mais velha com um lindo sorriso no rosto, o caminho até o centro do bairro Jardim América, onde moravam, porém mais afastadas do centro, foi feito em silêncio, apenas o som de Jorge e Matheus inundava o carro. Não demoraram para chegarem no local. Quando descem, o corpo de Anita foi agarrado pelo corpo grande do amigo, agora mais forte e com expressão de homem.

- Sua moleca. Estava com tanta saudade.

- Eu também, Samuca.

Ela retribui. Samuel sempre foi o seu melhor amigo, acredita que se ela não gostasse mesmo de mulheres, aquele era o tipo de cara que se casaria. Apesar de ele gostar de sempre estar bem, viver bem, o que não é nenhum pecado, nunca deixou de amparar seus pais, amigos, namoradas, quando as tem. Todos que os conheciam imaginavam que eles iam mesmo casar, talvez até ela acreditou em algum momento, pelo menos até beijar uma garota pela primeira vez.

Luana que estava mais ao lado sorri do jeito dos dois. Reconhece aquele tipo de sentimento pois é o que tem por Zeca, seu melhor amigo, sempre presente, carinhoso e atencioso, agem como irmãos, e agora sabe que Samuel é esse tipo de pessoa para Anita.

- Vamos, eu chamei uma galera para comemorar sua vinda, afinal, serão dois meses incríveis.

- Ah, sim, Samuel, serão dois meses incríveis.

Ela fala com aquela malícia já conhecido pelo rapaz, porém não foi olhando para ele, foi para Luana, que engole seco e se afasta, entrando no bar e caminhando para a mesa onde alguns amigos da faculdade já se encontram.

- Você não presta.

- Ah, Samuca, essa garota está me deixando louca.

- Você só está assim porque ela te deu um fora.

- Pode ser. _ Anita diz vendo a ruiva sentar na cadeira ao lado de uma morena que sorri bem largo para ela. – E eu adoro uma concorrência.

Samuel não contém e gargalhada ao entender do que a garota fala. A morena ao lado de Luana fazia questão de tocar no braço exposto pela camiseta xadrez. O estilo de se vestir da ruiva está deixando Anita cheia de desejo. Morde o lábio inferior e suspira.

- Vamos lá, quero conhecer cada pessoa daquela mesa.

- Ah, isso vai ser interessante.

O rapaz diz e puxa a amiga para perto, abraçando-a pelos ombros, então caminham também para dentro. O lugar era aberto, quase isso, quem passava na rua dava para ver uma área exposta, onde Luana e seus amigos estão. Assim que chegam perto, Anita olha diretamente para morena que segura o braço da ruiva, mas sorri,

Depois daquele NatalOnde histórias criam vida. Descubra agora