three; 셋

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I lied to my mom and dad

  — Onde você estava??! Fiquei preocupada
   — Mãe, eu to com Jisung. Tá tudo bem.
   — Eu não tenho mais idade pra susto não moleque
   — Já já chego aí, ok? Tchau.

   Chenle desligou o celular e se despediu de seu amigo, que parecia estar completamente perdido, visto que acabara de acordar. Zhong arrumou sua mochila e seguiu em direção de sua casa, deixando o mais novo sozinho no terraço.

   Ainda eram 16h, Jisung acabou ficando muito confuso, pois ainda era cedo. Chenle costumava chegar em casa depois das oito, sempre que os dois saíam juntos. Mas preferiu não falar nada, não sabia o que se passava na casa do chinês.

   Park pegou suas coisas e caminhou até seu apartamento. Descartou a opção de ficar com sua tia, que agora cuidava de seus filhos doentes e não tinha tempo para tomar conta de Jisung. O mesmo teria que aguentar ver seus pais brigando por questões financeiras. Teria que ver seu padrasto encher o cu de cachaça e depois descontar em sua mãe, que não tinha dinheiro o suficiente para pagar as contas. Seus avós eram muito ricos, porém não davam um centavo para ajudar Han Seunghee, mesmo sabendo que a filha precisava e que seu novo marido era completamente abusivo.

    Assim que pisou seus pés no apartamento, pôde sentir o cheiro característico de cerveja barata que pairava no ar. Sentia que algo ruim estava por vir. Logo, ouviu barulhos estrondosos vindos da cozinha. Foi até lá, com receio do que pudesse ver. Chegando, viu a cena que já esperava. Lágrimas formaram-se nos olhos de Jisung, não aguentava mais ver sua mãe sofrendo daquele jeito. Queria poder ajudá-la, mas era impossível. Um único empurrão já era o suficiente para quebrar o garoto no meio. Tinha medo de seu padrasto, isso ele não podia negar. O homem era a alto e robusto, sem contar com o rosto que não era muito agradável. todos tem receio de chegar perto dele. Quando jovem, Seongyeon era um moço bonito, porém o alcoolismo realmente o transformou.

    Parado em frente à porta, Jisung apenas chorava enquanto escutava Seunghee pedir socorro.
   — Você é um chorão mesmo, não ajuda em nada nunca, como sempre fez. — O mais velho disse em meio às risadas. O punho estava levantado, pronto para marcar mais algumas vezes a pele leitosa da mulher indefesa. Agora cheia de hematomas com tons arroxeados. Park não teve outra reação, jogou o corpo em cima de seu padrasto e acertou a cara do velho com um soco único. O alvo de Seongyeon agora era o garoto, que preferia sentir aquelas dores por sua mãe. Em sua visão, nada doeria mais do que vê-la sofrer. O mesmo não tinha forças para revidar.
Foi tempo o suficiente para Seunghee buscar uma faca e estendê-la para seu marido. O mais velho parou quando se sentiu ameaçado. A mulher ordenou para que ele saísse da casa, e só voltasse quando estivesse sóbrio. Não foi fácil de tirá-lo do prédio, ele saiu inconformado, como se o que tivera de ser feito não estivesse concluído. Assim que o homem embriagado se retirou do edifício, Seunghee abraçou a cabeça do filho. Jisung tinha seu pensamento "turvo". Não conseguia raciocinar direito. Quando se dirigiu a palavra para sua mãe, pedindo desculpas por não poder ajudá-la, sentiu o gosto do sangue em sua boca. A mulher chorava olhando para o filho e tudo que conseguia fazer era agradecer o menino por ter nascido.

   Depois de ajudar sua mãe com os curativos, Park ligou para Chenle. Seu melhor amigo sempre foi seu porto seguro. Acontece que Zhong não poderia sair de casa, seus pais forçaram-no a participar da "Noite em Família", onde todos da casa se juntavam e assistiam filmes. Sempre que ia na casa do chinês, os pais do mesmo o acolhiam como um filho. Para Jisung, Chenle era sua família, com quem sempre pôde contar e sempre esteve ao seu lado. Se sentia em paz ao lado do baixinho.

chenle's p.o.v

Mãezinha........ — O loiro falava em uma voz baixa, para não interromper o filme que sua mãe assistia

— Posso ir pra casa do Sung?..

— Uma hora dessas menino? São 19h da noite!

— Ele me pediu pra ajudar ele com as provas de amanhã.

— Não sabe o que é colar não? — O irmãozinho de 10 anos se pronunciou

— Fica quieto pivete ele tá pedindo ajuda pra não fazer isso.

— Pode ir filho, tome cuidado entendeu. Ele mora num prédio então fIQUE LONGE DAQUELA JANELA. Amanhã volte para casa assim que sair da escola, viu? Te amo — Zhong sorriu com a resposta da mãe, deu um beijo na testa da mulher mais velha e de seu pai. Pegou suas coisas, e correu para a casa de Jisung.

na visão do narrador

Chenle chegou no apartamento de seu amigo e tocou a campainha. Se espantou quando a porta foi aberta. Fitou todos os ferimentos no rosto de Park. O mais novo não falou absolutamente nada, apenas abraçou seu amigo e começou a chorar. Zhong retribuiu o abraço e tentou confortar Jisung com palavras. O mais alto, separou o abraço e levou o amigo até seu quarto. Pediu para que ele esperasse enquanto dava boa noite para sua mãe. Foi até o quarto da mesma, sussurrou "boa noite, eu te amo." Fechou a porta e foi embora, ela não iria responder, estava muito cansada. Voltou para seu quarto e olhou para seu amigo, que estava sentado na poltrona próxima a cama. Chenle já sabia o que havia acontecido, não era a primeira vez. Se levantou e reatou o abraço de mais cedo, como uma forma singela de dizer que tudo vai ficar bem.

Park, contou para o mais velho o que ocorreu, e pediu para que Zhong ficasse por um tempo com ele.
Ele concordou, obviamente não seria um esforço. Lele amava passar um tempo com seu melhor amigo.
Para descontrair, o coreano colocou um filme para eles assistirem. Ambos concordaram em faltar aula no dia seguinte. Assistiram The Sixth Sense e alguns episódios de Something in the Rain, porque Chenle quis, e Jisung faz qualquer coisa que ele pede, até assistir os doramas clichês que o mesmo gosta.

Passaram o resto da noite assistindo filmes. Isso disfarçou os sentimentos de tristeza do mais novo. Lele realmente lhe trazia paz.

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oioi anjinhos 👉👈
prometo que não demoro tanto pra postar o próximo capítulo

strawberries & cigarettes; chensung.Onde histórias criam vida. Descubra agora