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                 I jumped the fence and I ran

Já haviam se passado duas semanas desde a última vez que Jisung falou com Chenle, que estava muito preocupado sem notícias do amigo. Park estava faltando as aulas e não dava sinais de vida. Ele estava bem, só queria passar um tempo com sua mãe, visto que ela precisava dele. Tinha medo de que seu padrasto chegasse enquanto estava na escola. Se manteve longe do celular para não receber ligações do mesmo.

  — Mãe, o que a gente vai fazer quando o Seongyeon voltar?

  — Vai ficar tudo bem, meu filho.

  — E se ele tentar te bater de novo?

  — Ele não vai, ele descobriu do que sou capaz.

   Jisung afirmou com incerteza. O homem saiu com muita dificuldade do apartamento, não parecia estar intimidado, a mulher apenas estendeu uma faca para ele. Provavelmente ele sabia que Seunghee não teria coragem de atacá-lo de verdade. A mesma não tinha nem coragem para denunciar ele. Ela acreditava que ele ainda poderia mudar.

   Nos dias em que passou sozinho em casa, Park percebeu que nada era melhor do que estar ao lado de Chenle. Tinha outros amigos como Jaemin, Mark e Jeno, mas era diferente. Nem ele próprio poderia explicar certa diferença, ela apenas existia. Se sentia flutuando, leve como uma pena ao lado do amigo. Tinha medo de poder estar confundindo as coisas.

...

   Era um sábado, quando o padrasto de Jisung resolveu voltar. Estava sóbrio, como Seunghee ordenou que só voltasse quando estivesse. Pelo menos, era o que parecia. Park já havia se acostumado com a presença do mesmo. Não tentava nada a dias. Pensou que ele havia mudado.

   O mais novo chegou à conclusão que estava apaixonado por seu melhor amigo. Era a primeira vez que sentia aquilo. Era imaturo demais para saber se realmente era verdade. Preferiu deixar seu coração levar.

   O coreano chamou sua mãe na cozinha, para que pudessem conversar.

   — Eu tenho uma coisa para te dizer, mãe — Falou em um tom sério. A mais velha fez um sinal para que ele continuasse a falar.

   — Eu acho que estou gostando de alguém. De verdade. Nunca me senti assim, é estranho.

   A forma concreta em que Jisung mencionava aquelas palavras, desandaram ao ver Seongyeon entrando pela porta.

   — Você só continuará esta frase comigo aqui. — O homem mais velho falou encarando o menor e a mulher ao seu lado. O mesmo sempre desconfiou da sexualidade de Park. Não tentava esconder que era homofóbico. Quando brigava com o garoto, por não ter feito algo, xingava ele de todas as maneiras possíveis. Inclusive de viado de merda, que marcou Jisung bastante, o menino nunca esqueceu aquele xingamento, aquilo o deixou muito abalado. Seongyeon não media suas palavras, dizia tudo o que passava em sua mente. Por conta disso, maioria dos familiares do mesmo preferiam não manter contato.

O menino repetiu a frase que acabou de citar. Como já esperado, os pais do garoto perguntaram quem era. Seunghee com sua voz doce e Seongyeon tremendo de raiva.

Zhong Chenle. — As palavras saíram da boca de Jisung sem esforço algum. Seunghee parecia, por algum motivo, estar aliviada. Abraçou o menino e pediu para que ele escutasse o que coração dele falava. Seongyeon destruiu o abraço recém formado, puxando a mulher pelo braço e agarrando Jisung pelo pescoço. Vendo seu filho sufocar, a mais velha jogou um vaso de flores na cabeça do marido. O mesmo desmaiou e soltou Park, que recuperou o fôlego. Han desesperada pediu para que o menino saísse da casa correndo, e resolvia com o esposo depois. O mais novo obedeceu, saiu correndo do apartamento e desceu pelas escadas. Pulou a cerca do condomínio em que mora e correu como nunca antes.

Parou apenas quando chegou na casa velha que sempre vai com Chenle depois da escola. Pegou a mochila em suas costas e (felizmente) encontrou seu celular. Ligou rapidamente para o melhor amigo e pediu para que ele fosse até onde estava.

Zhong morava perto, chegou no máximo em uns 5 minutos. Olhou para a carinha entristecida de Park e percebeu que não estava nada bem. Perguntou o que houve para ele estar daquele jeito, com os cabelos bagunçados, lágrimas querendo sair de seus olhos e respiração ofegante. Jisung não respondeu nada, apenas disse:

— Vamos embora comigo.

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Oi bebês
Os próximos capítulos vão ser bem grandinhos
estou trabalhando bastante neles

strawberries & cigarettes; chensung.Onde histórias criam vida. Descubra agora