six; 여섯

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long nights

Como já era tarde, resolveram entrar no carro por ser mais seguro. Sentaram nos bancos traseiros e tentaram se aquecer com um cobertor.

  — Lele, tem o número do Taeyong hyung? — Jisung disse enquanto pegava o celular de Chenle.

  Zhong sacudiu a cabeça afirmando. Park tentou ligar para o amigo, mas não tinha sinal. Escolheu Lee porque tinha carro, e poderia ir buscar os meninos.

  — Eu lembro de um posto de gasolina por aqui. A gente pode ir lá pra ver se tem sinal. — O mais velho deu a ideia.

— É perigoso ir uma hora dessas.

  — Ah não, Jisung. Perigoso é pegar carro sem nem saber dirigir direito e iR PRO MEIO DO NADA. AGORA EU VOU MORRER AQUI — Disse já perdendo a paciência.

   O mais novo, cansado de ouvir seu amigo reclamar, abriu a porta do carro e saiu andando pela estrada de terra. O menor veio correndo logo atrás, gritando por seu nome, mas nem sequer dava valor. Park parecia estar magoado, mesmo que o chinês não tivesse falado nada demais. O coreano era muito sensível, de verdade, ficava triste por maioria das coisas. Mas seu coraçãozinho mole não permitia que ficasse com raiva de Chenle.

    — Eu não fiz por mal, Lele — Falou enquanto as lágrimas se formavam em seus olhos. — Eu precisei me distanciar dos meus pais por um tempo, eu não queria te meter nisso. Mas você me faz bem, te trouxe porque não queria vir sozinho.

   O baixinho sabia que seu melhor amigo era realmente muito sensível. Se culpou por ter gritado com ele.

  — Ei Sung.. Não fica assim — Disse enquanto se aproximava do amigo, já que ele tinha parado de andar mais rápido. — Me desculpa, eu não queria ter falado desse jeito com você. Eu vim porque eu gosto muito da sua companhia, você sabe disso. Tá tudo bem.

   Jisung na realidade não estava triste por conta da maneira em que o mais velho falou com ele. Estava se culpando por ter que fazer Zhong passar por tudo aquilo, e aguentar os surtos do mesmo. Surtos como querer fugir para longe com um carro.

  O mais novo segurou a mão do amigo, entrelaçando os dedos. Pediu para que ficassem assim até o fim do caminho, estava com medo de que acabassem se perdendo. O chinês havia sido tomado pelo cansaço, andava cambaleando, quase não conseguia se manter em pé.

   — Le, quer que eu te leve nas costas?

Chenle deu um sorriso de orelha à orelha, quase fechando totalmente os olhinhos e pulou nas costas do amigo. Park carregou Zhong por um longo tempo, fazendo com que o pequeno se sentisse nas cenas de alguns dramas que assistia.

Detonados pelo cansaço e sono, pararam no meio do caminho. Não queriam continuar andando, não sabiam se o posto de gasolina era para aquele lado, ou se realmente existia e não era um delírio coletivo.

A esperança estava quase sendo perdida até o mais velho pegar seu celular para checar as horas e descobrir que no local onde estavam havia sinal.

— JISUNG, SINAAAAAAAAAAAL, AQUI TEM ÁREA — Gritou igual uma sirene de ambulância, acordando qualquer ser vivo que estivesse por perto.

Ligaram para Taeyong, que pediu que os garotos voltassem para o carro e trancassem as portas, que de manhã passaria para buscá-los.

Por mais meia hora de caminhada, finalmente chegaram ao carro. Chenle parecia ter dormido nos braços de Park, então apenas o colocou no banco de trás e o cobriu com o cobertor. Os dois, por serem bem magrinhos, couberam no mesmo espaço e iriam dormir ali mesmo, no banco traseiro com apenas uma coberta.

— Sung.. — O chinês falou com voz sonolenta — Eu posso te dar um beijo?

Mesmo que estivesse um pouco surpreso com a pergunta, se levantou e deixou um selar nos lábios sabor morango do loiro.

— Você não precisa pedir isso, Chenle.

O menor murmurou algo como "eu te amo" e caiu num sono profundo. Park sussurrou as mesmas palavras enquanto admirava o baixinho dormir.

Era normal que seu coração batesse tão rápido apenas ao olhar para Chenle? Essa é a sensação de estar apaixonado? Em meio a muitas perguntas, a que mais intrigava Jisung era saber se Zhong realmente sentia o mesmo por ele. A resposta é clara, mas o menino era inseguro demais para perceber.

Park não ia conseguir pegar no sono tão fácil. Encaixou os AirPods de seu hyung nas orelhas e escolheu sua playlist favorita. Pelo visto, seria uma longa noite, onde passaria escutando músicas e olhando as estrelas no céu.

now playing; scary love - the neighbourhood

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meu deus que brega

capítulo curto e clichê, me desculpem

até os próximos amores :))
prometo que serão melhores

strawberries & cigarettes; chensung.Onde histórias criam vida. Descubra agora