strawberries & cigarettes; chensung.

seven; 일곱

daydreams

  — Jisung, acorda, o Taeyong chegou — Disse o chinês enquanto sacudia o amigo.

  — Meu irmão eu acho que ele morreu

  — Esse filho da puta foi dormir de que horas??? 'tomar no cu, quero ir pra casa porra

  — Olha a boca moleque — Lee falou dando um tapinha no ombro de Chenle.

  Taeyong levou consigo Doyoung e alguns litros de gasolina, que seria o suficiente para abastecer o carro e trazê-lo de volta à cidade.

Park acordou um pouco desnorteado, reclamando por estar sendo sacudido.

   — Que putaria é essa aqui onde eu tô — Se levantou e encarou as três pessoas em sua volta, fazendo esforço para conseguir abrir os olhos.

   Doyoung, já sem paciência, contou que Lee Taeyong arrastou ele para aquele "fim de mundo" e o obrigou acordar duas crianças que inventaram de dirigir até o meio do nada, com a gasolina quase acabando.

    Quase puxando os meninos pelas orelhas, Kim levou eles para o outro carro, os empurrando para dentro.

   — Tae, vai nesse que eu vou naquele. Em paz. Sozinho. — Fechou a porta do automóvel e seguiu para o outro que estava próximo. Os três ficaram apenas olhando Dong entrar no carro e dar partida, deixando-os para trás.

   Os mais novos ficaram nos bancos traseiros e Lee estava no controle. Pediu que apertassem os cintos para que finalmente pudesse dar partida.
Os dois meninos dividiam um fone, de vez em quando, tinham que abaixar o volume para escutarem as perguntas do mais velho.

now playing: I Wanna Be Yours - Arctic Monkeys

  — Chenle tem problema se eu passar uns dias na sua casa? — Perguntou inseguro, sussurrando para que Lee não escutasse. Zhong fez que não com a cabeça e acrescentou que poderia passar o tempo que quisesse.

...

  Taeyong deixou os meninos na porta da casa do chinês. Falou para eles tomarem mais cuidado da próxima vez. Esperaram Doyoung chegar com o carro antes de tocar a campainha. Kim preferia dirigir devagar, por isso demorou um pouco mais que os três.

   — O que eu vou dizer pro meu pai?

Chenle começou a entrar em desespero, não tinha imaginado no que dizer naquele momento.

   O mais velho sugeriu a ideia de que estivessem apenas tentando aprender a dirigir com a tia de Park, e precisavam de um carro.

  Despediram-se dos amigos e esperaram eles irem embora para poder apertar a campainha.

  Logo foram atendidos pela mãe de Zhong, que tinha uma expressão de raiva, desespero e preocupação. Correu para abraçar os meninos e conferir para ver se não tinham marcas de arranhões ou machucados.

  Não durou muito para que ela perguntassem onde eles haviam se metido. Jisung respondeu o que Lee tinha sugerido, e funcionou.

...

   Depois do almoço que Ting-yan (mãe de Chenle) havia preparado, levou os meninos ao sótão. Abriu algumas caixas e de lá retirou álbuns de fotos. Os álbuns pertenciam ao 4º aniversário de Zhong, que foi comemorado num parque de diversões. Entregou-lhes para Jisung, que as observou com calma.

    O sorriso que o chinês demonstrava naquelas fotos era radiante, olhar aquilo deixava Park pensativo, ao mesmo tempo que sorria folheando o álbum.

   "Nunca vou conseguir deixá-lo tão feliz quanto aqui. Eu não mereço Zhong Chenle". Jisung tinha problemas com insegurança e insuficiência, isso levava ele a ter pensamentos como esse.

   Quando terminaram de ver os álbuns, o mais velho levou o amigo para o seu quarto. Para que tivessem um pouco mais de sossego.

   — Jisung, eu vi você pegando o isqueiro do meu bolso e saindo do carro ontem. Você tem que parar com isso, faz mal pra saúde. Não quero te ver doente

    — Por que você guarda um isqueiro no bolso?

   — Não ignore o que eu disse. — Disse em um tom sério.

   — Eu fumo apenas quando estou nervoso, me acalma. Não consegui dormir por conta de uns pensamentos. Nada importante, você tem que parar de ficar tão preocupado comigo.

    Zhong ficou calado, apenas olhando o rosto do maior.

  — Você não consegue parar? Não tem outra coisa que te deixe calmo?

  — Não é algo que eu necessito, eu só gosto. — Pausou um pouco pra refletir — Tem outra coisa que me acalma sim, mas os cigarros são mais fáceis de ter.

Ficaram em silêncio por um tempo.

— Algum dia, vamos voltar à aquele parque de diversões comigo

— Você gosta mesmo de parques, não é?

— Principalmente de rodas gigantes, elas são perfeitas. — Abaixou o olhar para as meias em seus pés. — Você vai comigo?

— Com certeza.

Jisung imaginou a cena de como seria ir com Zhong à um parque, em um "passeio romântico" bem brega igual aos filmes. O menino sonhava acordado pensando no dia que veria um sorriso tão verdadeiro quanto o que viu nas fotos de Chenle bebê.

O sorriso de Zhong era realmente lindo, principalmente aos olhos de Park. O coraçãozinho do mais novo se enchia de alegria ao ver que ele havia se formado por alguma piada boba que o mesmo fez. Era bom ter aquele sorriso voltado à si.

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Então né mores foi isso

até os próximos capítulos 💕💘