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onze

CAPÍTULO ONZE

Tomo uma respiração profunda enquanto Harry olha para mim com olhos expectantes. Vejo as minhas mãos movimentaram-se e o estalar dos meus deles a cada curva de uma articulação. Eu não sei como começar; não sei o que dizer. 

"Eu percebo se não quiseres dizer-me." Ele diz calmamente, mesmo depois do jeito com que eu o havia tratado, "Afinal de contas, eu não sou a pessoa que morreu." 

Eu podia chorar, por ele ser tão doce e nunca ficar com raiva de mim e eu não sei o que fazer. O seu tom de voz é calmo e compreensivoo, não sarcástico e irritado como o meu, e ele tem todo o direito de ser assim, mas não é, e eu não sei porquê. 

"Mas--mas poderias dizer-me como é?"

Os meus olhos arregalam-se e ele olha-me com cuidado. É atualmente a primeira vez que ambos nos entreolhamos corretamente: direito um para o outro. 

"O que queres dizer?", Eu pergunto, embora eu saiba exatamente o que ele quer dizer. 

Ele acena para o meu corpo e para a minha transparência fantasmagórica, e deixo escapar uma pequena risada ofegante. Pelo menos ele está a ser agradável acerca disto.(Mesmo eu tendo batido mais cedo nele por isso.)

"N--Não é bom Harry. Nunca faças isso. "Eu digo e não faz sentido para ele, mas faz todo o sentido para mim. 

As suas sobrancelhas sulcam e ele dá-me um olhar estranho. "Isso não faz sentido. Todas as pessoas têm que morrer ". 

"Eu quero dizer não cortares a tua curta vida, Harry." Eu digo, olhando para baixo novamente e pela sua surpresa e suspiro, eu sei que ele entendeu. Ele é inteligente; ele chegou lá;

"Tu queres dizer--" Ele começa, mas eu corto-o.

"Sim, eu-eu tomei a minha própria vida." Ele merece toda a minha atenção, então eu olho para ele e não para os meus dedos ou os cortes nos meus jeans ou a pequena corda a apontando para fora de seu cobertor. 

"Oh, Violet." Ele diz com tristeza e, novamente, eu poderia chorar. Porque ele está triste? Porque ele se sente mal? Porque ele sempre sente o mesmo que as pessoas ao seu redor? 

Concordo com a cabeça e é difícil de segurar o seu olhar intenso, mas de alguma forma mantenho-o. Talvez seja porque os seus olhos são tão bonitos. 

"Sim, não é bom Harry." A minha voz quebra, mas eu ignoro, "Por favor, nunca faças isso." Existem lágrimas a escorrer pelo meu rosto e eu estendo a minha mão para a colocar na de Harry, a coisa mais próxima que eu posso chegar a realizar.

Ele percebe o pequeno movimento e oferece-me um pequeno sorriso. "Violet..." Ele diz novamente: "Porque-" Ele olha-me com um olhar de dor e eu não consigo aguentar isso, "Porque farias isso?"

Eu balanço a minha cabeça e dou de ombros, "Razões estúpidas. Não boas razões, Harry. Apenas--por favor, não faças isso!" A minha voz rompe com as minhas lágrimas e um soluço desliza pelos meus lábios quando eu termino. Eu sou uma confusão. 

Ele bate no espaço ao lado dele e eu aceno, rastejando para o lado dele, inclinando-me nas minhas costas contra a cabeceira da cama como ele faz. Olho para a frente, olhando para a porta do armário, desejando que pudesse rastejar de volta e não reviver nada disto. 

Ele coloca a mão no pequeno espaço entre nós, e eu faço o mesmo. Uma forma de mostrar conforto, eu acho, mas estou longe de ser confortável. Não é culpa de Harry; na verdade, ele está a fazer tudo isto muito melhor. 

"Eu não vou, nunca, Violet, prometo." Ele olha para mim e eu posso ver a partir do canto do meu olho, mas não posso obrigar-me a fazer o mesmo. "Por favor, olha para mim."