[III] - Naufrágio [Parte II]

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Edição do terceiro capítulo, para encurtar a leitura e ficar menos cansativo, obrigado por ler. Espero que gostem!

O relógio marcava agora 23:00 horas.  Stefanie dormia havia tomado um comprimido para dormir, para deixar de pensar em James, o efeito durou das 18:00 às 23:00, mas o objetivo de não pensar em James não havia sido concluído, ela havia sonhado com ele e de novo seus olhos encheram de lagrimas. Sentou-se na cama, via pela escotilha a lua brilhar, e acompanhando o feixe de luz que adentrava por seu quarto, pode ver um papel em frente a sua porta, se levantou acendendo a luz, pegou o papel no chão que estava dobrado ao meio, na parte de cima, viu um tosco desenho de um coração com uma flecha atravessada, logo abriu a carta que dizia.

Olá, não sei o que está acontecendo com você,, mas, sei o que acontece comigo. ESTOU TE AMANDO. Essa é a sexta carta que escrevo, as outras cinco estão jogadas ao chão do meu quarto, pois não achei que estavam boas o suficiente, então esta é mais uma tentativa, espero que agora eu consiga.

Eu te amo. Meu dia hoje foi horrível sem poder falar com você. Sem ver teu sorriso, ou seus olhos castanhos que me encantam. Quero que você saiba que tudo da noite de ontem foi verdadeiro para mim e mesmo tendo bebido todo aquele rum me lembro de tudo, do primeiro toque dos nossos lábios, das palavras que trocamos. Me lembro de agradecer aos deuses quando entrei no meu quarto antes de você bater em minha porta. Então não pense que o que fiz foi pela bebida e sim pelos mais puros sentimentos.

Peço desculpas se entendi tudo errado, confesso não ter muita experiência com tudo isso, até por que você é a primeira mulher que eu realmente amei.

Também peço desculpas pelo que escrevo, se isto lhe incomodas, rasgue, queima, mas, seja ao menos minha amiga, me permita te ver sorrir,, te ouvir falar. Roube os meus cigarros, mas não deixe de falar comigo.

Então peço que me encontre na proa do Wolf, às 20:00, seja para me amar ou até mesmo zombar de mim, mas por favor, Apareça.

PS. Estou te esperando...

Obs. Antes que eu me esqueça, escrevo isto sem uma única gota de álcool.

James Cook.

Stefanie sorriu pela primeira vez naquele dia, agora se sentia feliz, pegou o celular e viu que já passava das onze horas. "Não acredito... o que eu faço?". Se apressou a tomar banho. "Vou até o quarto dele, preciso dizer que também o amo". Com pressa pegou seu melhor vestido, que a deixava ainda mais atraente, terminou de se arrumar, quando se trancava a porta para sair, se lembrou de passar o batom vermelho, voltou e assim o fez, pegou a carta escrita por James e sorrindo beijou sob o desenho do coração, deixou ali a marca de seus lábios.

Enquanto isso na cabine de comando o capitão Jack dormia sentado em sua cadeira, despertou repentinamente com o som de um trovão, pôde ver a lua cheia que brilhava fortemente ser coberta por nuvens negras e assombrosas.

- Maldito medico. - Disse em voz alta.

- Vou matar aquele desgraçado!

As luzes piscaram e de repente se apagaram, Jack procurou a lanterna que mantinha dentro de uma gaveta junto a uma (Arma), não encontrava, até que um relâmpago iluminou toda a cabine e ele pode encontra-la, ligando a lanterna saiu em direção a casa de maquinas. "Aqueles babacas, devem estar dormindo, ou bêbados demais...". Ventava forte, o vento assobiava furioso e gélido, batia em seu rosto e o fazia estremecer, o Wolf balançava como um barco de papel, o velho Jack caminhava com dificuldade, "Droga de perna.". Quase caiu quando uma forte onda se chocou com o casco da embarcação, agarrou-se no corrimão da escada e evitou a queda, chegou a casa de maquinas e com dificuldade abriu a porta, gritou com os marinheiros que acordaram assustados. Eles haviam deixado os geradores sem combustível e o capitão Jack não poupava xingamentos e ofensas, os dois reabasteceram rapidamente o gerador e aos berros Jack deixou a sala de maquinas batendo a porta com força. Não olhou para trás, se o tivesse feito, poderia ter percebido o sangue que escorria por debaixo da porta.

Chaos - A Ilha Maldita.Onde histórias criam vida. Descubra agora